Metabolismo oxidativo de neutrofilos em polimorfonucleares de caprinos naturalmente parasitados por nematódeos

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Sandra Carvalho Matos de Oliveira
Jane Luiza da Silva Campos
Emmeline Pereira Fernandes
Carmo Emanuel Almeida Biscarde
Alexandre Moraes Pinheiro
Veridiana Fernandes da Silveira

Resumo

Foi avaliado o metabolismo oxidativo de neutrófilos em polimorfonucleares de caprinos infestados naturalmente por nematódeos gastrintestinais. Foram utilizados 14 caprinos, do 2° ao 9° mês de idade, sem padrão racial definido, alojados no setor de caprinocultura da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Cruz das Almas-Ba. Os animais foram submetidos ao regime semiextensivo em uma área de desafio parasitário. As amostras sanguíneas foram coletadas em intervalos de quinze dias, no período de nove meses. Para a separação simultânea de mononucleares e polimorfonucleares uma amostra de sangue total em tubos a vácuo contendo heparina foi coletada e centrifugada. A papa de leucócitos e o plasma foram retirados e submetidos aos gradientes descontínuos de densidade e as células mono e polimorfonucleares separadas. O anel rico em polimorfonucleares foi separado e submetido à lavagem com tampão fosfato. O sobrenadante foi desprezado e as células foram resuspendidas em plasma autólogo. Essas células foram submetidas ao teste de NBT, onde retirou-se uma alíquota dispensada em microtubo contendo igual volume de NBT reconstituído, denominada prova não estimulada (NE). Em outro microtubo de NBT foi acrescentado uma alíquota da amostra e outra de estimulante denominada prova estimulada (E). Os dois foram submetidos à incubação a 37°C e em temperatura ambiente realizando a confecção de lâminas. Essas foram fixadas e coradas, sendo analisadas em aumento de 1.000x, totalizando a contagem de 100 neutrófilos para cada prova. A média de neutrófilos na prova NE foi de 8.910±2.292,5/μL e na prova E de 6.305±1.585,9/ μL. Para a prova E 8.157±1954,6/μL e NE foi 7.066±1857,6/μL, demonstrando que os animais apresentaram a resposta adequada de acordo com o tipo de prova. Apenas 9% das lâminas da prova NE apresentou mais neutrófilos estimulados que não estimulados e 21% das lâminas da prova E apresentou mais neutrófilos não estimulados do que estimulados demonstrando a segurança do teste quanto a padronização da técnica. Esta apresenta-se superior em relação ao menor tempo demandado para a leitura das lâminas que foi em média 21,5±15 minutos para NE e 22,5±16 minutos para E. Na técnica usual com sangue total o tempo médio de leitura apresentou-se duas vezes maior, confirmando a eficiência da separação, tornando o teste do NBT para espécie caprina mais rápido, já que estes animais possuem menor número de neutrófilos comparado a outras espécies. Os animais apresentaram leucocitose e eosinofilia, onde a média de leucócitos totais foi de 15.649±2.742 μL, e eosinófilos de 1.417±1.205/ μL, superior aos valores de referência para espécie caprina. Estes resultados eram esperados uma vez que os eosinófilos são células relacionadas com a destruição de parasitas e, portanto, podem encontrar-se com número elevados nas parasitoses.

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Como Citar
OLIVEIRA, S. C. M. DE; CAMPOS, J. L. DA S.; FERNANDES, E. P.; BISCARDE, C. E. A.; PINHEIRO, A. M.; SILVEIRA, V. F. DA. Metabolismo oxidativo de neutrofilos em polimorfonucleares de caprinos naturalmente parasitados por nematódeos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 12, n. 3, p. 88-88, 6 mar. 2015.
Seção
RESUMOS CONBRAVET