Caio Filipe Xavier Ferreira
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Bárbara Cristina Krüger
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Tatiane Faria Prado
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Leandro Martins Barbero
Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberlândia, MG
Maurício Scoton Igarasi
Universidade de Uberaba, Faculdade de Medicina Veterinária, Uberaba, MG
Resumo
O presente trabalho determinou o padrão de busca e apreensão de forragem de novilhas de corte, em pasto de capim-piatã (Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã) manejado a alturas distintas, em diferentes períodos do dia. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental Capim Branco da Universidade Federal de Uberlândia. Foram utilizados dois piquetes, sendo adotado delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições (animais), em esquema de parcelas subdivididas, considerando as parcelas as alturas do pasto (20 e 40 cm) e as subparcelas os períodos do dia: inicial (8 as 11:20 horas), mediana (11:20 as 14:40 horas) e final (14:40 as 18 horas).). A avaliação foi realizada no inverno, compreendendo um dia de avaliação com 10 horas ininterruptas. Os pastos foram mantidos em lotação contínua e taxa de lotação variável. Foram avaliados taxa de utilização de estações alimentares (tempo de permanência/ estação alimentar), bocado por estação alimentar (número de bocados/ estação alimentar), estação alimentar por minuto (minuto/estação alimentar), taxa de passos (passos/minuto), deslocamento entre estações alimentares (número de passos/estação alimentar). Os dados foram submetidos à análise de variância utilizando-se o programa SISVAR a um nível de significância de 5 %. Os animais executaram mais bocados por estação alimentar tanto na fase inicial quanto na mediana do dia 7,36 e 7,26 respectivamente, tendo maior aproveitamento em cada estação alimentar nesse período. Já no período final os animais reduziram a quantidade de bocado por estação alimentar 4,92 bocados. Concordando que houve no período final do dia maior utilização de estações alimentares em um minuto, cerca de 8,7 estações contra 7,6 estações alimentares por minuto no período inicial e mediano. Entendendo que os animais se deslocam em busca de novos locais de alimentação para garantir melhor consumo de nutrientes, nota-se maior seletividade na parte final do dia. Quanto ao número de estações alimentar em um minuto é verificado que os animais em pasto de 40cm realizam 6,7, enquanto no de 20cm é de 8,5 estações. Apoiando com maior permanência de tempo por estação alimentar no pasto com maior altura, comportamento explicado pela maior disponibilidade de forragem nas maiores alturas de dossel, condição que não os motiva a trocar de estação alimentar. As outras relações avaliadas não apresentaram diferença estatística significativa (P<0,05). Os resultados obtidos demonstram que os animais são mais seletivos no período final do dia e que intensificam o pastejo em pastagem manejada com menor altura de dossel como forma de otimizar o consumo de forragem.