O Complexo Teníase Humana-Cisticercose: ainda um sério problema de saúde pública

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Naassom Almeida Souza Ribeiro
Evelise Oliveira Telles
Simone de Carvalho Balian

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo revisar o complexo teníase-cisticercose. Trata-se de um sério problema de saúde pública, representado por entidades zoonóticas das mais importantes na atualidade. O complexo compreende duas doenças distintas, com sintomatologia e epidemiologia totalmente diferentes: a teníase que corresponde à fase final do ciclo do parasita e ocorre apenas no ser humano e a cisticercose que corresponde ao estágio larval da Taenia saginata, a qual parasita bovinos, ou da Taenia solium,que pode acometer suínos e também seres humanos. A cisticercose e a teníase são encontradas com maior frequência em países cujas populações apresentam hábitos de higiene precários e com saneamento básico deficiente. Sua etiologia inclui a Taenia solium e a Taenia saginata que pertencem à classe Cestoidea, ordemCyclophillidea, família Taenidae e gênero Taenia e as respectivas formas larvares, Cysticercus cellulosae e Cysticercus bovis. Na teníase a sintomatologia clínica é bastante variável, de acordo coma idade e o grau de higidez orgânica do hospedeiro. Em condições naturais, os bovinos acometidos por cisticercose não manifestam sinais clínicos, já na cisticercose humana, variam dependendo da localização dos cisticercos. Quando localizados no sistema nervoso central (neurocisticercose) os sinais clínicos podem variar de acordo com o número de cisticercos, seu estado de desenvolvimento, a variedade morfológica, com sua localização e com as reações que provocam no paciente. O controle da teníase-cisticercose depende das condições econômicas, sociais e culturais de cada região e país, tendo a educação sanitária como ferramenta fundamental.

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Como Citar
RIBEIRO, N. A. S.; TELLES, E. O.; BALIAN, S. DE C. O Complexo Teníase Humana-Cisticercose: ainda um sério problema de saúde pública. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 10, n. 1, p. 20-25, 1 jan. 2012.
Seção
INSPEÇÃO E HIGIENE ALIMENTAR