Estudo da resposta inflamatória cutânea em pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) – projeto

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V. Ruoppolo
J. D. Ribeiro
R. E. T. Vanstreels
R. Hurtado
B. Pedron
S. R. G. Cortopassi
J. L. Catão-Dias

Resumo

Introdução: a escassez de conhecimento acerca do sistema imune de pinguins tem limitado avanços no diagnóstico e tratamento de enfermidades infecciosas observadas em tais animais durante a sua manutenção em centros de reabilitação ou zoológicos. A prova de inoculação de fitohemaglutinina (FHA) tem sido utilizada para a avaliação da resposta inflamatória cutânea em aves, permitindo o estudo das relações entre o sistema imune e as condições ambientais. O presente trabalho foi delineado para investigar os fatores que modulam a suscetibilidade, patogenia e severidade das doenças infecciosas em pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), avaliando e validando uma prova imunológica para a mensuração da resposta imune celular.

Métodos: a partir do método apresentado por Martin et al. (Functional Ecology 20:290– 299, 2006), será realizado o teste intradérmico de hipersensibilidade tardia à FHA, em 21 pinguins mantidos pela Sabina Parque Escola do Conhecimento, Santo André - SP. Na preparação para o teste intradérmico, 5 mg de FHA liofilizada (PHA-P L8754, SIGMA) serão diluídas em 5 mL de PBS estéril, alcançando a concentração de 1 mg/mL e mantidas sob refrigeração (4˚C) até o momento do uso. Após a mensuração da membrana interdigital com um espessímetro digital (resolução 0,01 mm), a pata será inoculada com 0,1 mL de solução de PBS (pata esquerda) ou FHA (pata direita). Após 6, 24 ou 48 horas da aplicação (n = 7 em cada caso), os animais serão anestesiados com o emprego isofluorano e serão repetidas as mensurações interdigitais. Durante a anestesia, será efetuada uma biópsia do local de inoculação, utilizando punches descartáveis de 4 mm. O fragmento será acondicionado individualmente em formol 10% tamponado por 18 horas e posteriormente transferido ao etanol 70% para confecção de lâminas coradas com H&E. O infiltrado celular inflamatório será caracterizado e quantificado com o emprego de programas especializados (ImagePro Plus), e os resultados serão correlacionados com exames hematológicos (hematócrito, esfregaço, hemograma e bioquímica).

Conclusão: a indução da resposta inflamatória a FHA tem sido utilizada em diversos estudos para quantificar a resposta imunológica de vertebrados selvagens, inclusive pinguins. Esses estudos baseiam-se na premissa de que o espessamento da pele após a injeção de FHA é um indicador acurado da resposta imune celular por linfócitos T; o que pode não ser sempre verdadeiro, já que a resposta imune cutânea nas distintas espécies é um processo dinâmico e complexo. Com o presente trabalho pretende-se qualificar e quantificar o processo inflamatório derivado da aplicação da FHA ao longo do tempo, indicando as mudanças no infiltrado e tipificando as células inflamatórias, de modo a verificar se essa prova imunológica apresenta uma real aplicabilidade para essas espécies.

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Como Citar
RUOPPOLO, V.; RIBEIRO, J. D.; VANSTREELS, R. E. T.; HURTADO, R.; PEDRON, B.; CORTOPASSI, S. R. G.; CATÃO-DIAS, J. L. Estudo da resposta inflamatória cutânea em pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) – projeto. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 1, p. 41-41, 28 abr. 2015.
Seção
SEMANA CIENTÍFICA PROF. DR. BENJAMIN EURICO MALUCELLI