Screnning hipocrático da exposição à Senna occidentalis por 28 dias em ratos
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Resumo
Introdução e Objetivos: A Senna occidentalalis, ou fedegoso, pode ser encontrada em pastagens ou como invasora de lavouras. Apesar de ser popularmente empregada como anti-inflamatório e diurético para humanos, existem vários relatos de intoxicação acidental de animais de produção com as sementes dessa planta. As principais manifestações clínicas da intoxicação são: diarreia, abatimento, tremores musculares e andar cambaleante. O presente trabalho avaliou o potencial tóxico dessa planta, empregando o screnning hipocrático dos principais sinais clínicos da intoxicação em ratos expostos por 28 dias à ração contaminada com sementes de Senna occidentalis em diferentes concentrações (1, 2 e 4%).
Material e Métodos: quarenta animais foram distribuídos em quatro grupos iguais (cinco machos e cinco fêmeas/grupo). Grupo controle: recebeu apenas ração comercial; os grupos 1, 2 e 3 receberam, respectivamente, ração com 1, 2 ou 4% das sementes de Senna occidentalis por 28 dias. Os animais foram observados diariamente na primeira semana e, posteriormente, semanalmente, por 15 minutos, quanto aos seguintes sinais clínicos: atividade geral, frêmito vocal, irritabilidade, reflexo auricular, resposta ao aperto de cauda, reflexo corneal, resposta ao toque e piloereção. A presença/ausência de diarreia também foi registrada. Os resultados foram obtidos qualitativamente e avaliados por mediana de escores.
Resultados: Os resultados da atividade geral, frêmito vocal, irritabilidade, reflexos auricular e corneal bem como a resposta ao toque na primeira semana foram semelhantes àqueles das semanas posteriores, entre os grupos experimentais e controle. Quanto ao parâmetro de aperto da cauda, os resultados indicaram uma sutil redução da resposta ao estímulo nas fêmeas dos grupos tratados quando comparadas ao controle, sinal este observado apenas nos machos de 1%. Em relação ao parâmetro piloereção, foi observado que a exposição à Senna occidentalis não causou alteração na primeira semana em nenhum dos grupos observados, porém, nas semanas subsequentes, houve um discreto grau de piloereção: nas fêmeas de 2% somente na segunda semana e nas fêmeas de 4% em todas as semanas subsequentes. Já os machos de 1% apresentaram o mesmo grau discreto de piloereção na terceira semana, os machos de 2% apresentaram na terceira e quarta semanas e os machos de 4% nas três semanas. O quadro de diarreia foi observado em todos os animais, exceto no grupo controle, somente nos primeiros dias de exposição.
Conclusão: Os resultados indicam que concentrações de S. ocidentalis na ração, administrada por 28 dias, causaram poucas alterações clínicas em ratos, exceto pela presença de diarreia em todos os grupos tratados.
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