Papel dos adrenoceptores β em células dendríticas derivadas de monócitos em um modelo tumoral in vitro. (projeto em andamento)

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D. S. G. Cruz
C. O. Massoco

Resumo

Introdução e Objetivos: O microambiente tumoral consiste de vários tipos celulares, incluindo células do sistema imune. Essas células podem reconhecer e destruir as células tumorais, mas, em determinadas condições, são recrutadas e podem favorecer os tumores, fornecendo substratos para o crescimento tumoral. O impacto do efeito de estressores psicossociais em situações patológicas, como o câncer, vem sendo demonstrado em estudos básicos, clínicos e epidemiológicos, os quais têm correlacionado crescimento tumoral, progressão e metástase com situações de estresse, ansiedade, depressão, dentre outras anormalidades psicológicas e comportamentais. O estresse culmina na liberação de glicocorticoides e catecolaminas, como a adrenalina e a noradrenalina, que podem se ligar em adrenoreceptores de células tumorais. De fato, esses hormônios do estresse parecem favorecer a proliferação celular, evasão da apoptose, migração e invasão, além de metástases e angiogênese nos tumores. Além das células tumorais, algumas células do sistema imunológico também possuem adrenoreceptores, o que sugere que essas células também possam sofrer regulação por esses receptores. Em especial, as Células Dendríticas (DCs) vêm sendo amplamente estudadas no microambiente tumoral, uma vez que essas células fazem a ligação entre a imunidade inata e adaptativa, tendo potencial para gerar respostas voltadas contra os tumores. As DCs, no entanto, também estão sujeitas às disfunções imunes geradas no câncer, podendo adquirir fenótipo e funções de células tolerôgenicas. Essas células, agindo em condições patológicas, podem inibir a geração de uma resposta imune eficiente, voltada contra os tumores.

Material e métodos: no presente trabalho, inicialmente, será avaliada a expressão de receptores beta adrenérgicos em DCs geradas in vitro a partir de células periféricas mononucleares sanguíneas humanas (hPBMCs). Posteriormente, os adrenoceptores serão testados para revelar se os mesmos são funcionais nessas células. Por fim, as DCs serão cultivadas com agonistas e antagonistas adrenérgicos na presença de células tumorais, com o intuito de verificar o comportamento das DCs nesse microambiente. Nessa etapa, as DCs serão avaliadas fenotipicamente por ensaios funcionais.

Resultados Parciais: a expressão protéica dos subtipos de adrenoceptores β foi avaliada pela técnica de Western Blot. Tanto as DCs imaturas quanto as maduras expressaram o subtipo β1, mas não os subtipos β2 e β3.

Conclusões Parciais: após a confirmação dos adrenoceptores expressos em DCs, espera-se com este trabalho investigar o comportamento dessas células quando moduladas por agentes adrenérgicos em um modelo tumoral in vitro, visando a investigação de como a alteração da função dessas células no estresse pode influenciar na progressão do câncer.

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Como Citar
CruzD. S. G.; MassocoC. O. Papel dos adrenoceptores β em células dendríticas derivadas de monócitos em um modelo tumoral in vitro. (projeto em andamento). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 1, p. 45-46, 28 abr. 2015.
Seção
SEMANA CIENTÍFICA PROF. DR. BENJAMIN EURICO MALUCELLI