Imunomarcação de APAF-1 em mastocitomas cutâneos caninos (projeto em andamento)

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C. Barra
L. Pulz
R. F. Strefezzi

Resumo

Introdução e objetivos: os mastocitomas representam aproximadamente 25% de todas as neoplasias malignas cutâneas em cães. O aspecto macroscópico e o comportamento extremamente variável destes tumores dificultam a elaboração de um prognóstico preciso e inclusive a prescrição de tratamentos específicos. Sabe-se que o processo de apoptose é um tema indispensável em oncologia por sua importância no desenvolvimento tumoral e metastatização. Alterações nesse mecanismo favorecem a progressão tumoral, pois permitem a sobrevivência das células neoplásicas na circulação e outros microambientes. As proteínas que participam da via intrínseca da apoptose são indispensáveis nesse processo, como a proteína APAF-1 (fator apoptótico de ativação de protease 1) que se liga à citocromo C liberada pela mitocôndria formando um complexo proteico denominado apoptossomo. Tal complexo contém na sua porção N terminal um domínio de recrutamento de caspases (CARD), que é responsável pela interação com a caspase 9. Uma vez ativada, segue-se o processo que culmina em morte celular. Pela importância desta via apoptótica na progressão tumoral e na morte celular induzida por grande parte dos antineoplásicos utilizados atualmente, as proteínas associadas a apoptose podem ser importantes marcadores prognósticos e preditivos em diversos tumores. O presente trabalho caracterizará a expressão imuno-histoquímica da APAF-1 em mastocitomas cutâneos canino procurando verificar o seu potencial para marcador prognóstico nesta neoplasia.

Materiais e métodos: cinquenta casos de mastocitomas cutâneos caninos serão processados para histologia de acordo com as técnicas rotineiras de inclusão em parafina. Os cortes histológicos obtidos serão corados pela hematoxilina e eosina para graduação das lesões, e utilizados para processamento imuno-histoquímico. O processamento imuno-histoquímico será realizado com anticorpo primário anti-APAF-1 (Santa Cruz, SC-7231), na diluição 1:100, de acordo com as recomendações do fabricante. Como controle negativo, SERÁ utilizado IgG de camundongo em substituição ao anticorpo primário. A quantificação das marcações será determinada pela porcentagem de células positivas em cinco campos de marcação intensa (“hot spots”). Os resultados serão comparados à graduação histopatológica, mortalidade em função do tumor e sobrevida.

Resultados: Até o presente foi observada a existência da expressão citoplasmática em número variável de mastócitos neoplásicos por lesão, com padrão finamente granular. Novas amostras estão sendo processadas para a validação do protocolo e ampliação do número de casos analisados, de modo a viabilizar a quantificação das marcações e a realização da análise estatística.

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Como Citar
BARRA, C.; PULZ, L.; STREFEZZI, R. F. Imunomarcação de APAF-1 em mastocitomas cutâneos caninos (projeto em andamento). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 1, p. 54-54, 28 abr. 2015.
Seção
SEMANA CIENTÍFICA PROF. DR. BENJAMIN EURICO MALUCELLI