Estudo imuno-histoquímico da expressão de HIF1-α em mastocitomas cutâneos caninos (projeto em andamento)

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I. E. Campos
C. N. Barra
L. H. Pulz
R. F. Strefezzi

Resumo

Introdução e objetivos: a malignidade e o alto poder metastático são características dos mastocitomas cutâneos dos cães o que torna cada vez mais importante o estudo de indicadores prognósticos que norteiem pesquisas em busca de novos tratamentos. A hipóxia tumoral é um evento frequente em neoplasias malignas, capaz de alterar o microambiente por meio de modificações na expressão de gênica. Para contornar a baixa oxigenação celular, este conjunto de modificações poderá piorar ou melhorar o prognóstico da neoplasia. O aumento da expressão do HIF1-α (Fator Induzível por Hipóxia do tipo 1 alfa), que pode ser encontrado na sua forma ativa e em grande quantidade no tecido submetido à hipóxia, permite a sobrevivência da célula neoplásica em ambiente hostil. Este fator de transcrição interage com a sequência de DNA HRE (Elementos de Resposta à Hipóxia), codificando inúmeros genes envolvidos com a angiogênese, como os das metaloproteinases de matriz e de importantes fatores de crescimento, como o VEGF e angiopoetinas. Desse modo, o HIF1-α pode ser responsável por conferir nova vasculatura à massa tumoral. Muitas vezes, as capacidades metastática e tecidual também são potencializadas pelo HIF1-α, sendo este relacionado por muitos autores à malignidade tumoral. A alta prevalência de mastocitomas em cães requer estudos que confirmem a natureza promotora ou supressora deste fator transcricional. Por isso, o presente projeto foi delineado para avaliar a presença de HIF1-α em mastocitomas de cães utilizando a técnica de imuno-histoquímica, de modo a serem estabelecidas relações que permitam a verificação se o HIF1-α é um bom indicador prognóstico para esta neoplasia.

Material e métodos: as amostras de mastocitomas serão processadas de acordo com as técnicas rotineiras de inclusão em parafina e os cortes histológicos serão corados pela hematoxilina e eosina para graduação das lesões e para processamento imuno-histoquímico. Este último será realizado com o anticorpo anti-HIF1-α (Abcam, ab463) e, para o controle negativo, a IgG de camundongo na mesma diluição. A quantificação das marcações será determinada pela porcentagem de células positivas em cinco campos de marcação intensa (“hot spots”). Os resultados serão comparados à graduação histopatológica, mortalidade em função do tumor e sobrevida.

Resultados preliminares: a aplicação do anticorpo de acordo com as recomendações do fabricante ainda não apresentou resultados específicos e, por este motivo, encontram-se em teste novas variações do protocolo imuno-histoquímico.

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Como Citar
CamposI. E.; BarraC. N.; PulzL. H.; StrefezziR. F. Estudo imuno-histoquímico da expressão de HIF1-α em mastocitomas cutâneos caninos (projeto em andamento). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 1, p. 61-61, 28 abr. 2015.
Seção
SEMANA CIENTÍFICA PROF. DR. BENJAMIN EURICO MALUCELLI