Diagnóstico molecular por PCR de ectima contagioso em caprinos e ovinos
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
O ectima contagioso (EC) é uma virose aguda que acomete caprinos e ovinos, amplamente disseminada em todo o mundo. No Brasil, onde a ovinocaprinocultura é amplamente praticada para produção de pele, carne e leite, EC tem sido relatado como uma das principais enfermidades infecciosas de caprinos e ovinos. Em certas situações, EC pode ser clinicamente confundido com enfermidades vesiculares, como a febre aftosa, sendo assim necessário um teste laboratorial direto para definição do diagnóstico diferencial, preferencialmente de rápida execução, como a reação em cadeia da polimerase (PCR), que ainda não tem sido amplamente testada com amostras brasileiras do vírus EC. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar uma PCR para diagnóstico de EC. O DNA foi extraído de crostas de animais clinicamente afetados por EC e de sobrenadantes de células de córnea fetal caprina (FCC 40) após passagem dessas amostras. A PCR foi realizada empregando-se os oligonucleotídeos iniciadores PPP3 (5'-tac gtg gga agc gcc tcg ct-3') e PPP4 (5'-gcg agt ccg aga aga ata cg-3') que amplificam um produto de 235 pb do gene B2L, da cepa NZ2 do vírus EC. As condições de ciclagem consistiram em incubação inicial a 94º C por três minutos, seguida de 30 ciclos: desnaturação a 94º C por 30 segundos, anelamento a 65º C por 30 segundos, extensão a 72º C por um minuto, 72º C por dez minutos e uma etapa final a 4º C. Foram processadas oito amostras de caprinos e 25 de ovinos, originários dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. De todas as amostras, foi amplificado um fragmento do tamanho esperado. Para confirmação do diagnóstico, doze produtos de amplificação da PCR foram sequenciados. A análise das sequências através do método de neighbor-joining, usando os parâmetros do modelo Tamura 3 de substituição de nucleotídeos com mil replicatas, mostrou que entre o grupo de sequências analisadas há 99% de similaridade e 67%, quando comparado com outras amostras brasileiras e asiáticas. A significativa divergência com outras amostras indica que é necessária a avaliação de um maior número de amostras de diferentes regiões do País para validar a PCR como teste de diagnóstico. Espera-se que a PCR definitivamente validada possa ser usada para diferenciação de EC da febre aftosa, sobretudo como suporte às ações do Programa Nacional de Prevenção e Erradicação da Febre Aftosa, no qual os caprinos e ovinos são considerados animais sentinelas.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusica da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios instituicionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre);