Óbitos de animais silvestres durante o trabalho do programa de resgate de fauna para a faixa de dutos do gasoduto GASAN II
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Resumo
O presente Trabalho tem como objetivo demonstrar o número de animais silvestres em óbito encontrados durante a execução do Programa de Resgate de Fauna para a Faixa de Dutos do Gasoduto GASAN II, que interliga a Estação de Bombas de São Bernardo do Campo à Estação de Controle de Gás de Mauá – ECGM , com aproximadamente 38 km de extensão e passando pelos municípios de São Bernardo do Campo, Santo André, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá e São Paulo. Os animais afugentados e/ou resgatados foram encontrados durante procura ativa em vistorias de ninhos e abrigos como cupinzeiros arbóreos, arranjo de bromélias, cavidades naturais localizada em árvores, barrancos e no solo. Frente ao atual cenário, de profundas mudanças geradas pela ação antrópica sobre os ecossistemas, a atuação conjunta dessas categorias de profissionais mostra-se extremamente necessária para a implantação de medidas mitigadoras dos impactos ambientais dos empreendimentos sobre a fauna. Ao longo dos 120 dias do resgate, foram registrados 930 indivíduos da fauna de vertebrados terrestres. Dentre os 930 animais, 497 (54%) foram afugentados sem necessidade de intervenção alguma e 393 animais (42%) foram resgatados Entre os indivíduos que necessitaram de resgate, 90% estavam aptos à soltura e apenas 10% precisaram ser levados para a Base de Apoio. Os animais aptos à soltura foram realocados para áreas de mata adjacentes. Durante o Programa de Resgate de Fauna foram registrados 34 óbitos. Vinte e seis indivíduos já foram resgatados em óbito, três vieram a óbito após o resgate, durante período de tratamento e cinco animais foram submetidos à eutanásia. Dentre os óbitos registrados 53%, eram répteis, 26%, anfíbios (totalizando 79% de herpetofauna) e 21% aves. Não foram registrados óbitos de mamíferos. Todos os animais que vieram a óbito foram devidamente fixados ou congelados e depositados no Museu de Zoologia da USP. Por meio de avaliação externa macroscópica e embasando-se no histórico dos animais, foram definidas algumas possíveis causas de morte, sendo as mesmas distribuídas segundo a classe animal. Vale ressaltar que todos os animais submetidos à eutanásia apresentavam quadro de politraumatismo. Em relação aos óbitos no grupo das aves, o alto índice de registros por encontro ocasional deve-se ao encontro de diversos indivíduos em vias de acesso para a faixa do gasoduto, possivelmente vítimas de atropelamento, na maior parte dos casos. Apesar dos registros com fauna serem menos frequentes do que na etapa de afugentamento prévio, por exemplo, foi imprescindível a presença da equipe de fauna acompanhando as atividades nas etapas da supressão vegetal que ocorrem após a derrubada das árvores. O treinamento adequado das equipes de supressão vegetal possibilitou que os trabalhadores, em especial os operadores de máquinas, comunicassem a equipe de fauna quando do avistamento de algum animal.
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