Um novo herpesvírus associado à laringotraqueíte em pinguins de magalhães (Spheniscus magellanicus) no sul do Brasil
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Resumo
A infecção por herpesvírus em seu hospedeiro natural costuma ser branda e frequentemente evolui para um processo latente; contudo, infecções entre espécies podem gerar quadros severos e fatais (1,2). A primeira infecção por herpesvírus em pinguins foi descrita por Kincaid (1988) em pinguins africanos (Spheniscus demersus) no Zoológico de Baltimore, EUA.
Neste caso, os animais apresentaram prostração e insuficiência respiratória e as lesões histopatológicas consistiam em infiltrado inflamatório com formação de células sinciciais e corpúsculos de inclusão intranucleares tipo A nas células epiteliais dos sinos, traqueia e brônquios. Apesar do agente não ter sido molecularmente caracterizado, classificou-se posteriormente como Sphenicid herpesvirus 1 (SpHV1) baseado no padrão das lesões e na microscopia eletrônica (4). Os pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus), considerados quase ameaçados pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (2012), são aves marinhas migratórias nativas de regiões temperadas e sub-temperadas da América do Sul (5). Pinguins são bons indicadores do ambiente marinho e sensíveis aos impactos antropogênicos em seu habitat. Todos os anos um grande número de pinguins encalha vivos ou mortos nas praias brasileiras e muitos deles são resgatados por centros de reabilitação ao longo da costa. Embora infecções por herpesvírus tenham sido descritas em diferentes classes animais (4), a ocorrência de infecção em pinguins de Magalhães nunca foi identificada. O presente estudo descreve a primeira ocorrência de infecção por herpesvírus na espécie, além de fornecer os primeiros dados moleculares de uma nova espécie do vírus capaz de causar traqueíte hemorrágica nos pinguins.
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