Cryptocaryon irritans em peixes ornamentais marinhos importados

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P. H. M. Cardoso
S. C. Balian

Resumo

Cryptocaryon irritans é um protozoário ciliado que parasita e causa a doença conhecida como a doença dos “pontos brancos” em peixes marinhos, em temperaturas que variam de 15 a 30ºC. As infecções provocam prejuízos significativos com altas taxas de mortalidade caso não tratadas. Acomete tanto espécies de peixes marinhos de aquário quanto espécies da maricultura comercial para consumo em todo mundo. Diferentes estirpes já foram identificadas em várias partes do mundo com ciclos de vida e tolerância à salinidade semelhantes. Apesar de já ter sido sugerida a circulação de diferentes espécies de Cryptocaryon, até o presente momento, todos os casos isolados foram classificados como membros de uma mesma espécie. O parasita possui um ciclo de vida complexo, que inclui estádios de desenvolvimento no peixe e no ambiente aquático. O trofonte é o estádio parasitário, que, após sair do peixe, transforma-se em protomonte antes de formar um cisto e se transformar em tomonte (fase reprodutiva). O tomonte desenvolve-se e divide-se internamente em inúmeros tomites, que saem do cisto como terontes, que é a fase em que nadam livremente em busca de novos hospedeiros suscetíveis. Com o objetivo de reduzir prejuízos econômicos e impedir a disseminação do agente em peixes ornamentais, o diagnóstico rápido e preciso é indispensável, permitindo também a adoção de medidas de tratamento precoce dos animais doentes. Peixes infectados apresentam de pequenos pontos brancos discretos a pontos brancos multifocais sobre a nadadeira, pele e brânquias. Outros sinais incluem olhos esbranquiçados, nadadeiras desfiadas, produção excessiva de muco e brânquias pálidas. Na grande maioria das vezes, o peixe muda de comportamento, esfregando-se contra objetos, demonstrando natação alterada e, em estágios avançados, apresenta dificuldade respiratória e letargia. A mortalidade pode aumentar ao longo de vários dias, no entanto, a gravidade da doença varia de acordo com a cepa do parasita, da espécie do peixe e de outros fatores, tais como exposição prévia ao parasita e oscilações na temperatura da água.

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Como Citar
CardosoP. H. M.; BalianS. C. Cryptocaryon irritans em peixes ornamentais marinhos importados. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 2, p. 43-44, 10 nov. 2015.
Seção
RESUMOS CONPAVET