Retorno da dirofilariose canina no Estado de São Paulo: especulação ou realidade?

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

V. G. Dayoub
G. T. Goldfeder
C. E. Larsson Jr
P. H. Itikawa
G. P. Gonçalves
M. H. M. A. Larsson

Resumo

A dirofilariose canina é uma moléstia transmitida por mosquitos, cujos alvos são as artérias pulmonares e o ventrículo direito dos animais. É uma enfermidade de inegável importância clínica, caracterizada principalmente por sintomas cardiorrespiratórios. Estudos realizados na década de 70, empregando a técnica de Knott, constataram que, de 813 animais examinados, houve apenas dois casos positivos para D. immitis, revelando uma ocorrência de 0,24%. Na década seguinte, com o emprego da mesma, foi registrada a frequência de ocorrência de 30,70% (n= 228) em cães do litoral paulista. Com o advento do Cloridrato de Melarsomina na década de 90, houve uma evidente diminuição da presença da doença no estado de São Paulo, obtendo-se 8,8% de positividade em 511 animais examinados. No começo dos anos 2000, foi observado que a frequência de ocorrência era semelhante à da década passada, com 8% (n= 350); nos anos seguintes, houve diminuição evidente da incidência, revelada também pela mesma técnica. Entretanto, o ano de 2014 revelou-se atípico, com aumento de animais positivos na comparação com anos anteriores. Foi, então, realizado um estudo retrospectivo dos prontuários de animais atendidos em hospital-escola entre 2000 e 2014, para a comparação dos dados obtidos com estudos epidemiológicos realizados no estado de São Paulo em décadas passadas. No início da década de 2000, foram diagnosticados 13 animais num intervalo de cinco anos. Entre 2005 e 2009, por sua vez, a doença não foi diagnosticada. De 2009 até 2014, foram atendidos apenas dois animais positivos. No ano de 2014, entretanto, foram atendidos nove animais positivos (n= 710) na mesma instituição nosocomial (1,12%), valor discrepante e preocupante. Assim, a análise da curva de incidência da dirofilariose canina, no referido período, quando comparada aos registros epidemiológicos passados, indicou o recrudescimento da doença no estado de São Paulo.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
DayoubV. G.; GoldfederG. T.; Larsson JrC. E.; ItikawaP. H.; GonçalvesG. P.; LarssonM. H. M. A. Retorno da dirofilariose canina no Estado de São Paulo: especulação ou realidade?. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 2, p. 57-58, 10 nov. 2015.
Seção
RESUMOS CONPAVET