Situação do controle populacional de cães não domiciliados em municípios do estado do Rio de Janeiro, Brasil (2012-2013)

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Flavio Fernando Batista Moutinho
Elmiro Rosendo do Nascimento
Rita Leal Paixão

Resumo

A grande densidade populacional de cães não domiciliados é uma realidade nos municípios brasileiros, trazendo problemas ao ambiente, à ordem urbana e à saúde coletiva. O presente estudo objetivou efetuar um levantamento das ações desenvolvidas por municípios do Rio de Janeiro, Brasil, no período 2012-2013, visando ao controle populacional de cães não domiciliados. Foi selecionada uma amostra estatisticamente significativa composta por 47 municípios, estratificada de acordo com as nove regiões de saúde existentes no Estado do RJ. Aos gestores dos serviços de controle de zoonoses dos municípios selecionados foi aplicado um questionário estruturado, após os mesmos assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os dados obtidos foram codificados, tabulados em planilhas do software Excel® e analisados com técnicas de estatística descritiva, utilizando-se o estudo das frequências e a verificação da significância estatística, com comparação entre as regiões. Somente 46,8% (n=22) dos municípios realizavam alguma ação relacionada ao controle populacional e as principais ações desenvolvidas eram as educativas, realizadas por 29,8% (n=8) dos municípios, esterilização gratuita de cães, realizada por 21,3% (n=10) e projetos de adoção de cães, realizados por 14,9% (n=7) dos municípios. Nenhum dos municípios avaliados realizava recolhimento e posterior eutanásia como estratégia de controle populacional de cães não domiciliados. Em 53,2% (n=25) dos municípios não era realizada nenhuma ação relacionada com o controle populacional de cães não domiciliados. Tal situação é muito preocupante e pode ser justificada pelo descaso, pela heterogeneidade social, política, econômica e cultural que acarreta respostas diferenciadas de acordo com cada realidade, pela falta de informação sobre o assunto e pela falta de uma política nacional para o setor. Conclui-se que as ações visando ao controle populacional de cães não domiciliados eram totalmente negligenciadas na maioria dos municípios avaliados, os quais não realizavam nenhuma ação visando a esse controle, em especial nas regiões Serrana, Metropolitana I, Norte e Noroeste. Além disso, as poucas ações desenvolvidas, em todas as Regiões de Saúde, eram fragmentadas e, de maneira geral, não seguiam um protocolo, evidenciando ausência de diretrizes nacionais ou estaduais para o assunto e ausência de prioridade para esta questão por parte dos municípios avaliados.

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Como Citar
MoutinhoF. F. B.; do NascimentoE. R.; PaixãoR. L. Situação do controle populacional de cães não domiciliados em municípios do estado do Rio de Janeiro, Brasil (2012-2013). Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 2, p. 80-80, 10 nov. 2015.
Seção
V CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO