Motivos da desistência da castração gratuita de cães e gatos pelos proprietários moradores da vila marçola, em Belo Horizonte, MG

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Paloma Carla Fonte Boa Carvalho
Aline Gabriele Ribeiro Cerqueira Santos
Felipe Coutinho Batista Esteves
Lara Ribeiro de Almeida
Silvana Tecles Brandão
Adamastor Santos Bussolotti
Pedro Lúcio Lithg Pereira
Danielle Ferreira de Magalhães Soares

Resumo

A maioria das cidades enfrenta o problema de cães e gatos mantidos sem controle, oferecendo riscos à saúde pública e animal. A esterilização de cães e as campanhas educativas são exemplos de medidas para resolver esse problema. Em Belo Horizonte, MG, no ano de 2006 foi implantado o método de controle da população de cães e gatos mediante a castração. A Vila Marçola, região Sul de Belo Horizonte, possui uma elevada população de cães e gatos, sem nenhum controle reprodutivo ou de confinamento. O objetivo desse trabalho foi observar os motivos que levaram os proprietários de cães e gatos da Vila Marçola à desistência da castração dos animais em uma campanha de esterilização em massa, previamente agendada. Entre os dias 4 e 7 de agosto de 2014, foram ofertadas castrações gratuitas, pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, de cães e gatos para os moradores da Vila Marçola, através da utilização de uma unidade móvel de castração, estacionada num ponto central da Vila. As castrações foram agendadas por telefone, momento em que os proprietários receberam instruções para as preparações pré-cirúrgicas dos animais, a necessidade da aquisição de colar elizabetano e da medicação pós-cirúrgica. Foram agendadas até 30 castrações por dia, numa expectativa total de 120 animais. Ao final dos 4 dias de ações, foram castrados 77 animais. Para saber os motivos que os 27 proprietários de 43 cães e gatos desistiram de levar seus animais, novas ligações foram feitas e o resultado foi o seguinte: 26% (7/27) não tinham condição de levar os animais até o local das castrações; 14,8% (4/27), desistiram por temor ou por dó; 11,1% (3/27), alegaram razões financeiras (compra do colar e medicação pós-cirúrgica); 3,7% (1/27), por entender que a castração seria domiciliar; 11,1% (3/27), por confundir a data agendada para a castração; 14,8% (4/27), alegaram a fuga na véspera dos animais; e, finalmente, 7,4% (2/27), alegaram que os animais encontravam-se gestantes. Os demais, 5 animais, não foi possível contato por telefone com os proprietários. Esses resultados demonstram que a ideia da guarda responsável é pouco percebida nessa comunidade e corrobora a necessidade de ações educativas à população sobre a importância do controle populacional de cães e gatos. Um investimento maior da prefeitura, com o fornecimento de medicação pós-cirúrgico e de colar elizabetano, poderia aumentar o número de proprietários interessados na castração.

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Como Citar
CarvalhoP. C. F. B.; SantosA. G. R. C.; EstevesF. C. B.; de AlmeidaL. R.; BrandãoS. T.; BussolottiA. S.; PereiraP. L. L.; SoaresD. F. de M. Motivos da desistência da castração gratuita de cães e gatos pelos proprietários moradores da vila marçola, em Belo Horizonte, MG. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 2, p. 96-96, 10 nov. 2015.
Seção
V CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE MEDICINA VETERINÁRIA DO COLETIVO