Correlação do padrão inflamatório e da imunidade celular na pele de cães com leishmaniose visceral com o potencial de transmissibilidade de parasitos ao vetor

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C. N. Rossi
T. Y. Tomokane
M. Marcondes
C. E. Larsson
M. D. Laurenti

Resumo

Foram selecionados aleatoriamente 38 cães naturalmente infectados por Leishmania (L.) infantum chagasi oriundos de Araçatuba, São Paulo, área endêmica para leishmaniose visceral (LV), e distribuídos em dois grupos de acordo com a apresentação clínica: sintomáticos (SI - n=24) e assintomáticos (AS - n=14). Correlacionou-se a caracterização clínica com o potencial em infectar o inseto vetor, padrão inflamatório da pele, perfil de imunidade celular e parasitismo tegumentar. Quanto ao número de formas amastigotas/mm2 na pele, não houve diferença estatística significativa entre os grupos (p = 0,1584). No que se refere à infectividade ao vetor, evidenciada pelo xenodiagnóstico, 16 SI e 13 AS foram capazes de transmitir parasitos aos flebotomíneos, dos quais, respectivamente seis (37,5%) e oito (61,5%) animais não apresentavam parasitismo cutâneo. Constatou-se maior percentual de transmissibilidade para o vetor a partir de AS (p = 0,0494), e correlação negativa moderada com a apresentação clínica (p = 0,028), demonstrando o potencial de cães AS como fontes de infecção para o vetor em áreas endêmicas para LV. As alterações histológicas cutâneas foram similares em ambos os grupos e se caracterizaram por um infiltrado inflamatório de discreto a moderado na derme, ora focal ora difuso, com predominância de células mononucleares. Quanto à avaliação da resposta imune celular no tegumento, somente a densidade (células/mm2) de células óxido nítrico sintase induzível (iNOS+) foi significantemente maior na derme dos SI quando comparado aos AS (p = 0,0368). Observou-se correlação positiva moderada entre a densidade de parasitos na pele e a densidade de macrófagos (p = 0,031), de células T CD4+ (p = 0,015) e CD8+ (p = 0,023), e, também, naquela de células iNOS+ relativamente a de células T CD3+ (p = 0,005), CD4+ (p = 0,001) e CD8+ (p = 0,0001). Os resultados demonstraram a ocorrência de um infiltrado inflamatório crônico inespecífico na derme de cães com LV correlacionado com o parasitismo cutâneo independentemente do grupo clínico.

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Como Citar
RossiC. N.; TomokaneT. Y.; MarcondesM.; LarssonC. E.; LaurentiM. D. Correlação do padrão inflamatório e da imunidade celular na pele de cães com leishmaniose visceral com o potencial de transmissibilidade de parasitos ao vetor. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 3, p. 36-36, 18 jan. 2016.
Seção
RESUMOS CONGRESSO BRASILEIRO DE DERMATOLOGIA VETERINÁRIA