Teste in vitro e in vivo do efeito acaricida do óleo essencial de Melaleuca Alternifolia sobre Otodectes Cynotis
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Resumo
O ácaro Otodectes cynotis é um dos causadores da otite externa, enfermidade com importância na clínica de cães e gatos. O tratamento da otocariose baseia-se no uso de acaricidas, entretanto, é crescente o número de relatos da presença de artrópodes resistentes a antiparasitários. O presente trabalho analisou o efeito, in vitro e in vivo, do óleo essencial de melaleuca (Melaleuca alternifolia) contra o O. Cynotis. Na avaliação in vitro, foram selecionados ácaros coletados do conduto auditivo de cães, tendo como critérios a integridade estrutural e a ativa movimentação. Os ácaros foram mantidos em placas de Petri e distribuídos em três grupos, para três tratamentos: loção a 5% de óleo essencial de melaleuca; loção a 5% de tiabendazol e loção à base de cera emulsificante não iônica, veículo das loções anteriores. Foram realizados exames com intervalos de uma hora, até o total de cinco horas, utilizando integridade morfológica e motilidade como parâmetros de avaliação. O óleo essencial de melaleuca apresentou propriedade acaricida, in vitro, desde a primeira hora de tratamento. Para o teste in vivo, foram formados três grupos de dez animais, que receberam tratamentos distintos: loção a 5% de óleo essencial de melaleuca; loção a 5% de tiabendazol; loção à base de cera emulsificante não iônica. Os cães foram examinados, apenas por otoscopia, três dias antes do tratamento (dia -3). O tratamento iniciou-se no dia 0 (zero). Houve reexame, por otoscopia, nos dias +1, +3,+7, +10, +17, +24, +31 para verificação da eficácia dos produtos e de possíveis reinfestações. No último dia de otoscopia, foi coletada secreção de cada canal, para exame parasitológico. Não houve limpeza, nem retirada de secreção antes ou durante o período de observação. O óleo essencial de melaleuca apresentou entre 90 e 100% de eficácia em ambas as orelhas. Não ocorreram efeitos colaterais, sistêmicos ou dermatológicos. Acredita-se que a não detecção de reações adversas, seja devido ao fato da DL50 dérmica ser superior a 5 g/kg em coelhos e do óleo de melaleuca puro não produzir efeitos fototóxicos na pele de animais de laboratório, possibilitando o uso do referido óleo a 5% com bastante segurança. Concluiu-se que o óleo essencial de Melaleuca alternifolia pode ser empregado na espécie canina, como forma de tratamento para otite por Otodectes cynotis.
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