Caracterização de colágeno tipo i e iii no estroma do carcinoma de células escamosas cutâneos em cães
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Resumo
O carcinoma de células escamosas (CCE) acomete cães, podendo ocorrer em vários sítios anatômicos e apresenta poder metastático nas fases mais tardias de sua evolução. Em humanos tem sido efetuada a correlação entre o tipo de colágeno e o comportamento biológico de algumas neoplasias mamárias. Entretanto, há poucos estudos sobre a matriz colagênica nos CCEs caninos. O presente trabalho caracterizou as fibras colágenas tipo I (Col I) e III (Col III) no estroma do CCE cutâneo canino. Foram utilizadas 44 amostras de pele incluídas em parafina com prévio diagnóstico de CCE, sem restrição sexual, racial ou etária. As amostras foram processadas e coradas com H/E para a confirmação do diagnóstico e classificação do grau de diferenciação tumoral em bem diferenciados (BD) ou pouco diferenciados (PD). Para identificar os Col I e III, os cortes foram corados com picrosirius e avaliados ao microscópio óptico à luz polarizada. Os campos histológicos foram selecionados da esquerda para a direita e de cima para baixo, descartando-se dois campos, totalizando dez campos fotomicrografados com câmera digital (5.0 m)(40x). O percentual de Col foi obtido na avaliação da cor pelo software Image J com o plug-in Threshold Colour. Os valores para os tipos de Col foram Matiz 0-40 para a cor vermelha (Col I) e 45-120 para a verde (Col III), saturação 0-255 e brilho 5-225 para os dois tipos de Col. A precisão da análise automática foi avaliada por planimetria por contagem de pontos. As fibras do Col I, de birrefrigência vermelha e laranja, predominaram em todas as amostras, com desorganização e fragmentação acentuada nos diferentes graus de diferenciação tumoral, menos marcada nos CCEs BD. As fibras de Col III distribuíram-se por áreas escassas de birrefringência verde amarelado e verde em pouca quantidade, com tamanhos e formas variadas distribuídas no estroma neoplásico. A normalidade das porcentagens dos tipos de Col segundo o grau de diferenciação foi avaliada pelo teste t de Student ou Mann-Whitney no software SigmaPlot 11.0 (p≤0,05). Não houve diferença na expressão de Col I de acordo com a diferenciação tumoral (p=0,708), e o Col III foi mais presente nos BD (p=0,037). O papel do Col III nas neoplasias não está bem esclarecido e fatores além do grau de diferenciação celular podem estar envolvidos em sua expressão. Em outras neoplasias a predominância do Col I foi correlacionada com a maior malignidade e invasividade.
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