Pitiose cutânea equina no estado de Mato Grosso – relato de casos
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
A pitiose é uma doença cutânea fúngica que acomete principalmente equídeos, no entanto há infecção gastrointestinal ou multissistêmica descrita em outras espécies como bovinos, caprinos, ovinos, caninos, felinos e humanos. Não há predisposição por sexo, idade, raça, nem há relato de transmissão direta entre animais, ou entre animais e humanos. Ocorre em todas as regiões do Brasil, com maior foco no Pantanal brasileiro e maior incidência entre os meses de outubro e março (período de chuva). Em equinos, o Pythium insidiosum causa lesões cutâneas granulomatosas e ulceradas, com secreção serossanguinolenta, prurido intenso e edema. No interior dos granulomas são observadas massas necróticas, denominados “kunkers”. Os locais mais afetados são a porção distal dos membros, a região toracoabdominal ventral e a cabeça. O diagnóstico da pitiose baseia-se nos dados clínicos confirmados por histopatologia, imunohistoquímica e isolamento do agente. No período de 2008 a 2014, foram atendidos no Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá/MT nove equinos, sem raças definidas, dos quais três fêmeas e seis machos, com idades entre dois anos e 14 anos e peso entre 268kg a 436kg. Todos os animais eram oriundos de propriedades com áreas alagadas, próximas ao pantanal, e apresentavam lesões granulomatosas, com bordas arredondadas, secreção serosanguinolenta e presença de “kunkers”, com evolução clínica entre 40 dias a três meses. Destes animais, quatro apresentavam lesão no membro posterior esquerdo. Dois equinos com lesão no membro posterior direito e um animal no membro anterior esquerdo. Os animais remanescentes possuíam lesões múltiplas pelo corpo. O diagnóstico foi baseado nos achados clínicos e no exame histopatológico. O tratamento instituído foi a excisão cirúrgica associada à perfusão regional intravenosa com anfotericina B. Resultado terapêutico satisfatório foi obtido na maioria dos animais, exceto em dois equídeos, nos quais, devido ao longo tempo de evolução e à gravidade da enfermidade, optou-se pela eutanásia. Este trabalho demonstra que o sucesso do tratamento é influenciado pelo tamanho, tempo e local das lesões.
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusica da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios instituicionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre);