Aspectos clínicos de cães com esporotricose atendidos no hospital veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

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N. L. Lopes
A. P. Peixoto
F. F. Ferreira
T. S. Costa
T. G. Pinto
A. G. V Laguna
C. M. Barbalho
J. I. Fernandes
R. R. Ramadinha

Resumo

A esporotricose é uma micose pouco frequente em cães causada pelo fungo do Complexo Sporothrix schenkii. A infecção normalmente resulta da inoculação do agente no tecido subcutâneo. O presente trabalho descreve as alterações observadas em 13 cães diagnosticados com esporotricose atendidos no setor de dermatologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os animais foram diagnosticados com o emprego de citologia, histopatologia com coloração PAS e cultura fúngica. Dos 13 animais examinados, oito eram machos (61,54%) e cinco fêmeas (38,46%). A idade variou de 1 a 12 anos. Quatro cães (30,77%) eram sem raça definida, três (23,07%) poodles e outras raças com um animal cada: chow-chow, dog alemão, fox paulistinha, pinscher, rottweiler e yorkshire (7,69%). As lesões tegumentares mais comumente observadas foram úlceras (n=9, 69,23%), nódulos e crostas (n=4, 30,77%) e alopecia (n=2, 15,38%). Outras alterações encontradas foram hipotricose, hiperemia, descamação e edema (n=1, 7,69% cada). Seis animais apresentaram acometimento da cavidade nasal (46,15%). Sete cães acometidos tiveram contato com felinos, e os proprietários afirmaram que desses animais, cinco tinham lesões cutâneas. Dois cães tinham livre acesso à rua. Nos casos em que houve contato com gatos, esta foi a possível fonte de infecção, enquanto os demais animais podem ter se infectado pelo contato com o ambiente externo. No exame citológico só foi visualizada a presença de leveduras em dois casos, em um deles foi observado uma quantidade alta de leveduras e tratou-se de um cão que apresentava lesões generalizadas e também hemoparasitose. Afecções concomitantes têm sido relacionadas a lesões ricas em fungo nas formas severas da doença. Conclui-se que para ser firmado o diagnóstico da esporotricose em cães é importante ser considerado: o histórico do paciente analisando-se possíveis contatos com felinos ou ambientes propícios para o contágio; a caracterização das lesões cutâneas e os exames dermatológicos.

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Como Citar
LopesN. L.; PeixotoA. P.; FerreiraF. F.; CostaT. S.; PintoT. G.; LagunaA. G. V.; BarbalhoC. M.; FernandesJ. I.; RamadinhaR. R. Aspectos clínicos de cães com esporotricose atendidos no hospital veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 3, p. 43-43, 18 jan. 2016.
Seção
RESUMOS CONGRESSO BRASILEIRO DE DERMATOLOGIA VETERINÁRIA