Aspectos epidemiológicos e clínicos de cães com dermatofitose atendidos no hospital veterinário “dr halim atique” no período de janeiro de 2008 a setembro de 2014
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Resumo
A dermatofitose em cães apresenta uma importância relevante na clínica dermatológica por ser relativamente comum e por apresentar potencial zoonótico. O presente trabalho efetuou a análise retrospectiva das fichas clínicas dos cães diagnosticados com dermatofitose por meio de cultura fúngica atendidos no Hospital Veterinário “Dr Halim Atique” - São José do Rio Preto - SP, no período de janeiro de 2008 a setembro de 2014. Foram analisadas 639 culturas de cães com dermatopatia, dos quais houve diagnóstico conclusivo em 25,2% dos casos. O intervalo de faixa etária dos positivos variou de 0–168 meses (média de 51 meses). Não houve diferença estatística quanto à faixa etária, sexo e tipo do pelame. Quanto à definição racial dos positivos, 22,4% eram sem raça definida (SRD) e 77,6% com raça definida (CRD), sem diferença estatística entre os dois grupos. Dentre os cães positivos CRD, os mais frequentes foram os da raça Poodle (13,7%), Shih-Tzu (8,7%) e Dachshund (6,2%). As lesões dermatológicas nos 161 positivos incluíam alopecia (69%), crostas (39,2%), eritema (21,1%), pústulas (16,8%), escamas (16,8%), hiperqueratose (9,4%), hiperpigmentação (8,0%), colaretes epidérmicos (6,9%) entre outras. A informação sobre o prurido constava na ficha de 100 animais positivos e o mesmo foi classificado de acordo com a intensidade em ausente (26%), leve (15%), moderado (36%) e severo (23%). Na cultura fúngica, foram isolados dermatófitos do gênero Microsporum sp (72,7%), Trichophyton sp (20%) e Epidermophyton sp (3,7%), sendo (3,7%) sem informação no prontuário. A ocorrência de dermatofitose foi de 25,2% em cães com lesões dermatológicas, não sendo observada predisposição sexual, etária, racial ou relacionada ao tipo do pelame. As principais lesões descritas foram alopecia, crostas e eritema. O agente etiológico mais comum foi o Microsporum sp. Ressalta-se a importância da avaliação dos aspectos epidemiológicos e clínicos dos cães da região a fim de ser potencializado o diagnóstico, tratamento e o controle da afecção.
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