Levantamento das alergopatias caninas atendidas no Distrito Federal, Brasil, no período de 2013 a 2015

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

R. P. Branquinho
T. B. Castro

Resumo

As dermatopatias alérgicas correspondem a uma parcela importante da casuística, dentre as quais se inclui a dermatite alérgica a picada de ectoparasitas (DAPE), a hipersensibilidade alimentar (HA) e a dermatite atópica (DA). A DAPE é uma hipersensibilidade do tipo I e IV desencadeada após o contato com alérgenos presentes na saliva de ectoparasitas; a HA é uma reação adversa frente à ingestão de determinado alimento, que resulta em desordem pruriginosa da pele, com participação da resposta imune; e a DA, uma condição pruriginosa e inflamatória da pele, predisposta geneticamente, que é desencadeada geralmente por uma reação IgE mediada. O presente trabalho analisou a casuística das dermatopatias alérgicas atendidas entre 2013/2015 em clínicas particulares do DF, Brasil. A amostragem foi composta pelo total de pacientes caninos com diagnóstico estabelecido de DAPE, HA e DA. O levantamento da casuística efetuou a análise das fichas de registro, onde se dispunha de dados como espécie, definição racial, idade e sexo. O diagnóstico de DAPE foi baseado na anamnese, manifestações clínicas, indícios de infestação por ectoparasitas e resposta à terapia. O diagnóstico da HA foi estabelecido com o uso restrito de dieta de eliminação caseira ou ração comercial com proteína hidrolisada, por oito semanas, com subsequente exposição provocativa ao alimento anterior. Como não há um teste definitivo para DA, o diagnóstico foi baseado no histórico, manifestações clínicas, e exclusão de doenças pruriginosas com apresentação similar. Foram diagnosticados 202 casos de dermatopatias alérgicas em cães, dos quais 51% machos e 49% fêmeas. A DA correspondeu a 80% dos casos, seguido de DAPE 14% e HA 6%. Entre os atópicos (n=162) a faixa etária média foi de cinco anos, variando entre 5 meses e 13 anos, sendo o Shih-Tzu (28%) e o Lhasa Apso (14%) as raças mais acometidas. Os cães sem definição racial corresponderam a 5%. A prevalência da DA canina variou com a localização geográfica, métodos de pesquisa e critérios usados no diagnóstico. A maioria dos pacientes atópicos possuia raça definida, residia em apartamento, e eram regularmente higienizados. A predisposição genética de determinadas raças associada ao estilo de vida pode justificar a alta prevalência de DA observada no Distrito Federal, Brasil.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
BRANQUINHO, R. P.; CASTRO, T. B. Levantamento das alergopatias caninas atendidas no Distrito Federal, Brasil, no período de 2013 a 2015. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 3, p. 45-45, 18 jan. 2016.
Seção
RESUMOS CONGRESSO BRASILEIRO DE DERMATOLOGIA VETERINÁRIA