Dermatite actínica em cães: estudo retrospectivo 2004-2014
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Resumo
A Dermatite Actínica (DA) é uma dermatopatia decorrente da exposição excessiva ao sol e ocorre principalmente em cães brancos e nas raças de pelo curto. O presente trabalho realizou um levantamento retrospectivo das características epidemiológicas, clínicas, diagnósticas e terapêuticas de animais com diagnóstico de DA atendidos na Unidade Hospitalar de Animais de Companhia (UHAC) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) no período compreendido entre os anos de 2004 e 2014. Das 92 fichas clínicas de cães com DA analisadas, a raça que apresentou maior incidência foi o Pit Bull (63,04%), a idade média foi de 5,7 anos e a maioria dos casos (82,6%) era de animais que viviam em ambiente extra-domiciliado. O quadro clínico predominante consistiu de eritema, alopecia, hiperqueratose, comedões actínicos e prurido. As lesões crônicas características de DA mais observadas foram crostas, úlceras, foliculite/furunculose actínica e nódulos. O tronco foi a região mais acometida (51,3% das lesões), incluindo o abdômen, flanco e genitália. As lesões presentes na face (26,6%) localizaram-se no plano nasolabial (24%), espelho (21%) e ponte nasal (21%). Em todos os casos o exame citológico mostrou-se inconclusivo, enquanto no exame histopatológico foi firmado o diagnóstico definitivo da doença, com a observação de características como elastose, foliculite, hiperqueratose e disqueratose folicular. As lesões crônicas características de DA, como inflamação piogranulomatosa e neoplasias, foram as que se destacaram no exame histopatológico. As neoplasias foram as comorbidades mais frequentes, aparecendo em 28% dos casos, destacando-se: carcinoma espinocelular; hemangiossarcoma; hemangioma; carcinoma escamoso e mastocitoma. Os protocolos de tratamento basearam-se no uso de corticoides, antibióticos, terapia tópica e medicamentos antioxidantes. Protocolos mais agressivos como excisão cirúrgica, criocirurgia e quimioterapia raramente foram empregados.
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