Ectoparasitas na espécie canina: análise de dez anos

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

I. R. S. Cardoso
K. D. Filgueira
J. O. Nascimento
J. S. Pereira
R. K. Reis-Lima
S. M. M. Ahid

Resumo

Entre as doenças cutâneas dos cães, as causadas por ectoparasitas ocorrem frequentemente. O ectoparasitismo em canídeos domésticos tem sido relatado em diversas regiões do Brasil, porém com carência de dados em determinadas localidades geográficas. Nesse sentido, o presente trabalho analisou a casuística de uma década dos ectoparasitas detectados em caninos provenientes de um município da região Nordeste do País. As informações foram obtidas de maneira retrospectiva, por meio dos registros do Laboratório de Parasitologia Animal da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil), entre os anos de 2005 a 2014. Para cada animal, foram colhidas informações a respeito da espécie de ectoparasita envolvida, além do gênero e idade dos animais. Os dados foram distribuídos em frequências absolutas e percentuais. No período estudado, foram examinadas amostras oriundas de 505 cães. Em 93 (18,4%) destes, foi verificada alguma espécie de ectoparasito. Em 80 (86%) animais, foi observada positividade para Demodex canis. Quatro (4,3%) estavam acometidos por Sarcoptes scabiei, quatro (4,3%) eram portadores de Rhipicephalus sanguineus, dois (2,1%) albergavam Otodectes cynotis, um (1,1%) apresentou Ctenocephalides felis, um (1,1%) possuía Lynxacarus radovsky, e um (1,1%) carreava Felicola subrostratus. Dentre os caninos positivos para ectoparasitas, 58 (62,3%) foram enquadrados como jovens (até 12 meses de idade) e 35 (37,7%) considerados adultos, com faixa etária acima de um ano. Em relação ao gênero, 57 (61%) eram machos e 36 (39%) fêmeas. As frequências dos ectoparasitas em questão, além da idade dos animais, encontraram similaridade com pesquisas executadas em outros municípios do Nordeste brasileiro. Todavia, trabalhos prévios não demonstraram predileção sexual. No presente trabalho, a maior porcentagem de machos parasitados poderia ser explicada pela constante deambulação no meio extradomiciliar, diferentemente das cadelas. Os caninos do município de Mossoró são acometidos por diversos ectoparasitos. Os dados obtidos podem auxiliar nas medidas de controle e profilaxia de tais agentes.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
CardosoI. R. S.; FilgueiraK. D.; NascimentoJ. O.; PereiraJ. S.; Reis-LimaR. K.; AhidS. M. M. Ectoparasitas na espécie canina: análise de dez anos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 3, p. 49-49, 18 jan. 2016.
Seção
RESUMOS CONGRESSO BRASILEIRO DE DERMATOLOGIA VETERINÁRIA