Parasitos cutâneos em felinos: estudo de uma década

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I. R. S. Cardoso
K. D. Filgueira
J. O. Nascimento
J. S. Pereira
R. K. Reis-Lima
S. M. M. Ahid

Resumo

O ectoparasitismo é causa comum (porém ainda subestimada) de dermatopatias dos gatos domésticos, com descrições em certas regiões do Brasil, mas com deficiência de informações em algumas localidades. Objetivou-se realizar a casuística de uma década dos parasitas externos de felinos autóctones de um município do Nordeste brasileiro. As informações foram obtidas de modo retrospectivo, nos registros do Laboratório de Parasitologia Animal da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil), entre os anos de 2005 a 2014. Foram colhidas informações da espécie de ectoparasita envolvida, além do gênero e idade dos felinos. Distribuíram-se os dados em frequências. Avaliaram-se 137 amostras de gatos. Em 47 (34,3%) exames houve positividade para ectoparasitos. Ocorreu a apresentação de parasitismo concomitante em alguns animais. Em 29 (61,7%) dos raspados cutâneos, foi constatada a presença do Notoedris cati. Quatro (8,5%) análises parasitológicas do cerúmen revelaram Otodectes cynotis. Em nove (19,2%) tricogramas foi observado o Lynxacarus radovsky, e cinco (10,6%) foram positivos para Felicola subrostratus. Entre os felinos acometidos por ectoparasitas, enquadraram-se 13 (32,5%) como jovens (até 12 meses de idade) e 27 (67,5%) adultos, com faixa etária acima de um ano. Em relação ao gênero, 22 (55%) eram machos e 18 (45%) fêmeas. As frequências dos ectoparasitas em discussão, além da idade dos gatos, foram análogas com trabalhos realizados em certos municípios do Nordeste do País. Todavia pesquisas pregressas evidenciaram uma maior predileção para os felinos machos. No estudo em questão, a proximidade da porcentagem entre os gêneros poderia ser explicada pela cultura local, sendo comum a permissão dos animais, independente do sexo, ao contato com o meio extradomiciliar, e consequente aquisição dos agentes parasitários. Os felinos do município de Mossoró são acometidos por uma diversificada fauna de ectoparasitos. Os dados obtidos podem auxiliar nas medidas de controle

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Como Citar
CardosoI. R. S.; FilgueiraK. D.; NascimentoJ. O.; PereiraJ. S.; Reis-LimaR. K.; AhidS. M. M. Parasitos cutâneos em felinos: estudo de uma década. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 3, p. 49-49, 18 jan. 2016.
Seção
RESUMOS CONGRESSO BRASILEIRO DE DERMATOLOGIA VETERINÁRIA