Neoformações digitais neoplásicas e não neoplásicas na espécie canina

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K. D. Filgueira
I. R. S. Cardoso
J. A. B. Bezerra
R. K. Reis-Lima

Resumo

As proliferações podais são um desafio na oncodermatologia canina, pois a variedade de diagnóstico é extensa. Em virtude da escassez na literatura nacional dos principais aspectos de tais afecções, o presente trabalho foi delineado para estabelecer um perfil epidemiológico, clínico e histopatológico das neoformações digitais em cães. As informações foram obtidas por meio de fichas clínicas de cães atendidos no , Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, no período compreendido entre o ano de 2008 até o primeiro semestre de 2015. Para cada animal foram colhidas informações do gênero, idade, raça, tempo de evolução, velocidade de crescimento lesional, membro/dígito acometido e tipo histológico. Os dados foram distribuídos em médias e frequências. No período analisado, houve nove animais afetados por proliferações digitais de origem neoplásica e não neoplásica, sendo sete fêmeas e dois machos. A idade média dos pacientes equivaleu a sete anos e seis meses. Quatro eram sem raça definida e cinco possuíam padrão racial definido, onde o Labrador Retriever foi à raça mais frequente (n=3). O período evolutivo médio das lesões correspondeu há dez meses e 12 dias. A velocidade de crescimento variou entre rápida (n=6), lenta (n=2) e estável (n=1). Em cinco casos houve envolvimento do membro torácico direito e em três caninos o comprometimento era no membro contralateral. Um animal manifestou alteração apenas no membro pélvico direito. O digito mais relacionado com os processos proliferativos foi o segundo (n=5), seguido do terceiro e quarto (n=2 para ambos). Na histopatologia, quatro das neoformações eram de origem neoplásica, sendo todas com grau de malignidade. Essas corresponderam ao adenocarcinoma apócrino secretório, sarcoma indiferenciado, melanoma e mastocitoma. Enquadraram-se cinco casos como distúrbios proliferativos não neoplásicos, onde quatro foram rotulados como hamartoma (em suas diferentes classificações) e um foi diagnosticado como furunculose nodular crônica. A caracterização dos principais aspectos das neoformações podais em cães é fundamental no sentido de se ter a base para a realização do diagnóstico diferencial com outras oncodermatoses.

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Como Citar
FilgueiraK. D.; CardosoI. R. S.; BezerraJ. A. B.; Reis-LimaR. K. Neoformações digitais neoplásicas e não neoplásicas na espécie canina. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 13, n. 3, p. 59-59, 18 jan. 2016.
Seção
RESUMOS CONGRESSO BRASILEIRO DE DERMATOLOGIA VETERINÁRIA