Associação das avaliações clínica e histopatológica de peles de cães com ceratose actínica, carcinoma de células escamosas e de pele sem alterações
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Resumo
A ceratose actínica (CA) e o carcinoma de células escamosas (CCE) são comuns em cães com histórico de exposição crônica aos raios ultravioleta (UV). Assim, a identificação clínica da CA e do CCE pode ser um desafio. Alguns patobiologistas relatam não haver diferença clínica entre essas lesões, sendo o CCE a progressão da CA; adicionalmente, estas duas lesões apresentam semelhanças na avaliação clínica: eritema focal, crostas, descamação, erosão e/ou ulceração. A histopatologia é essencial para a confirmação do diagnóstico. Adicionalmente, pele clinicamente normal de cães acometidos por CCE e CA também podem ter alteração, já que foi exposta aos raios UV. Diante disto, foi comparado o diagnóstico clínico ao diagnóstico histopatológico de diferentes tipos de pele de cães expostos cronicamente ao sol. Foram avaliadas 95 amostras de pele de 18 cães que apresentavam clinicamente lesões cutâneas semelhantes ao CCE e histórico clínico de exposição ao sol. Foram coletadas amostras cutâneas da lesão semelhante ao CCE, lesões próximas aos tumores e clinicamente semelhantes a CA, e peles distantes das lesões e clinicamente normais. Estas amostras foram submetidas à avaliação por um dermatohistopatologista para que o diagnóstico fosse firmado. Em 47% (n=45) das amostras avaliadas, houve relação entre o diagnóstico clínico e histopatológico, enquanto houve divergência em 53% das amostras. Clinicamente 27 amostras foram consideradas peles normais, contudo a confirmação histopatológica para “pele essencialmente normal” ocorreu em 17 amostras (63%); das 38 amostras sugestivas de CA na avaliação clínica, somente nove (24%) tiveram diagnóstico de CA pela histopatologia; já quanto às lesões classificadas clinicamente como CCE (n=30) 63% tiveram o mesmo diagnóstico por histopatologia. Houve maior divergência no diagnóstico clínico-histopatológico da CA, com diagnóstico histopatológico para CCE em 13 casos. Em outras 15 amostras classificadas clinicamente como CA foram firmados os diagnósticos de furunculose, dermatite superficial, hiperqueratose, paniculite ou hemangiossarcoma, enquanto em dez amostras de pele sem alteração clinica foram diagnosticadas por histopatologia como CA, CCE, dermatite superficial ou fibrose. É inquestionável que a avaliação clínica é essencial no diagnóstico de CA e CCE, entretanto, os resultados aqui expostos sugerem que a avaliação histopatológica é fundamental para a confirmação diagnóstica, principalmente nos casos em que há suspeita de CA.
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