Tumor de células da granulosa em cadela: Relato de caso
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Resumo
As neoplasias ovarianas são raras na medicina veterinária e a sua real incidência ainda é desconhecida. A baixa frequência de ocorrência de neoplasias ovarianas em cadelas pode ser consequência do aumento da prática da ovário-histerectomia (OHE) precoce em cadelas, o que acaba sendo um método profilático. As neoplasias são classificadas de acordo com a sua origem em epiteliais, germinativas, estromal dos cordões sexuais (tumor de células da granulosa, tumor das células intersticiais) e mesenquimais. Os tumores ovarianos mais comuns são os epiteliais e os de células da granulosa. O tumor de células da granulosa leva a síndrome de dominância estrogênica, causando assim, disfunções hormonais, tais como estro anormal ou prolongado, diestro prolongado ou piometra decorrente da ação da progesterona. Na maioria dos casos são unilaterais, grandes e frequentemente palpáveis, podendo causar distensão abdominal. A possibilidade da ocorrência bilateral aumenta de acordo com o potencial maligno do tumor. Uma cadela Teckel, de 14 anos, não castrada, nulípara, foi atendida no Hospital Veterinário UNIP em Campinas- SP com o histórico de hiporexia, cios irregulares, o último há mais de um ano, e apresentando um nódulo ulcerado em região cervical. No exame físico foi encontrado aumento de volume em região abdominal, nódulos mamários e aumento de volume dos linfonodos mandibulares e cervicais superficiais, sendo que no esquerdo reativo. A citologia aspirativa foi realizada com agulha fina (CAAF) na região cervical, sugerindo pela citologia a presença de um processo inflamatório. A paciente foi submetida ao tratamento cirúrgico de exérese do linfonodo cervical superficial esquerdo e ovariohisterectomia (OHE), sendo constatada uma neoformação em ambos os ovários, medindo aproximadamente 10 cm o direito e 3 cm o esquerdo. O resultado do histopatológico comprovou a presença de um tumor de células da granulosa nos dois ovários e metástase de carcinoma no linfonodo reativo. A paciente apresentou piora do quadro clínico após 20 dias da cirurgia, que evoluiu para o óbito.
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