Avaliação radiográfica da articulação coxofemoral em cães submetidos à exercícios físicos
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Resumo
A displasia coxofemoral (DFC) é uma alteração do desenvolvimento que afeta a cabeça do fêmur e o acetábulo, caracterizada radiograficamente, pelo arrasamento da fossa acetabular, achatamento da cabeça do fêmur, subluxação ou luxação coxofemoral e alterações secundárias da articulação (DAD). A doença afeta muitas raças caninas, sendo mais comum nas de grande porte. Os principais sinais clínicos são: dificuldade para levantar; anormalidade na locomoção; baixa tolerância ao exercício; e dor articular. Há contradições quanto ao exercício ser o fator de risco para o desenvolvimento da DCF. Existem autores que afirmam que atividades prolongadas ou de alto impacto podem levar ao desenvolvimento de osteocondrose, aumentando o risco de desenvolvimento da DCF. Outros autores sugerem que exercício controlado e fisioterapia são vitais no manejo da DAD. O objetivo é manter a mobilidade da articulação e a resistência muscular enquanto minimiza a destruição articular ou a dor adicional. Neste estudo foram radiografadas articulações coxofemorais de seis cães adultos, de duas raças, provenientes de dois Canis da Polícia Militar, em três momentos, no período de um ano. Para predizer sobre a influência do exercício sobre a displasia coxofemoral, em estudo retrospectivo, correspondente a um período de oito anos, foram reavaliadas radiografias de 259 cães displásicos procurando estabelecer, entre outras variáveis, as diferentes modalidades de lesões radiográficas visibilizadas nesta afecção, considerando que estes animais, por informações pessoais de seus proprietários, não eram expostos rotineiramente aos exercícios físicos. Na fase experimental, a raça Pastor Alemão foi a única acometida, a articulação esquerda apresentou maiores alterações e as lesões se mantiveram constantes nos três momentos. Na fase retrospectiva, os animais mais afetados foram os das raças Rottweiler, Pastor Alemão e SRD, com mais de cinco anos de idade. O porcentual de machos e fêmeas afetados foi semelhante e o acometimento da displasia coxofemoral foi, quase sempre, bilateral e com grau de lesões simétrico. Pôde-se concluir que o exercício não foi fator de progressão para cães com displasia coxofemoral, que se supervisionado, mesmo intenso, pode ser bastante benéfico para as articulações coxofemorais.
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