Desenvolvimento de peptídeos sintéticos para o diagnóstico da febre aftosa

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E. L. Ribeiro
M. F. Camargos
E. B. Sales
A. M. Oliveira
J. A. Franco
C. Ueira-Vieira
L. R. Goulart Filho
M. B. Heinermann

Resumo

A febre aftosa é caracterizada por afetar diretamente o desenvolvimento econômico da indústria animal, com graves consequências sociais. Os testes atuais para diagnóstico e vigilância epidemiológica da febre aftosa são realizados com o polipetídeo 3ABC recombinante, que, apesar de serem de boa eficiência, apresentam limitações, como o emprego apenas para avaliação de rebanhos e não para o diagnóstico individual. A EITB, a despeito de ser uma prova de alta sensibilidade e especificidade, requer um treinamento extensivo, a interpretação é subjetiva e o protocolo da prova não é totalmente padronizado. A utilização de peptídeos sintéticos pode trazer a vantagem da EITB, alta especificidade, com a vantagem do ELISA, alta sensibilidade, rapidez, padronização e automação dos testes. A presente proposta tem como objetivo o desenvolvimento de peptídeos sintéticos para o diagnóstico para a febre aftosa. A partir de modelos descritos na literatura, foram desenhados três peptídeos sintéticos. Após o desenho, os peptídeos foram otimizados para expressão em Pichia pastoris (vetor pPIC9) a fim de eternizá-los. Após a expressão, os peptídeos foram purificados em HPLC e concentrados por meio de ultrafiltração tangencial com cartucho de retenção de 10 KDa. As proteínas purificadas foram testadas em dot blot com conjugado anti-histidina, devido ao fato do peptídeo ter como marcador uma cauda de poli-histidina. Em seguida, foram testadas em dot blot e Elisa com soros bovinos não vacinados, vacinados e infectados com o vírus da febre aftosa. Como resultados, obtivemos êxito em clonar e expressá-los em P. pastoris com um rendimento em torno de100 μg/ mL. O dot blot com anti-histidina foi positivo nos três peptídeos, indicando que as proteínas purificadas eram os peptídeos desenhados antiaftosa. O resultado do teste de dot blot e Elisa utilizando anticorpos bovinos antifebre aftosa foram negativos, ou seja, os peptídeos não conseguiram diferenciar quais eram os animais negativos, vacinados e os infectados. 

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Como Citar
RIBEIRO, E. L.; CAMARGOS, M. F.; SALES, E. B.; OLIVEIRA, A. M.; FRANCO, J. A.; UEIRA-VIEIRA, C.; GOULART FILHO, L. R.; HEINERMANN, M. B. Desenvolvimento de peptídeos sintéticos para o diagnóstico da febre aftosa. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 9, n. 3, p. 35-36, 11.
Seção
RESUMOS ENDESA