Perfil epidemiológico do atendimento antirrábico humano em agressões por cães e gatos na 10ª Região de Saúde/Limoeiro do Norte, no período de 2007 a 2011

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C. S. Chaves
F. M. G. Lima
V. C. Rodrigues

Resumo

A raiva é transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva e secreções de um animal infectado, e tem letalidade de aproximadamente 100%2. Sua prevenção é baseada no tratamento profilático quando houver suspeita de exposição ao vírus da raiva, sendo este baseado nas características da lesão provocada pelo animal agressor, tipo de animal e sua possibilidade de observação¹. O estudo tem como objetivo conhecer o perfil epidemiológico do atendimento antirrábico humano em agressões por cães e gatos na 10ª Região de Saúde de Limoeiro do Norte, no período de 2007 a 2011.Realizou-se a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação(SINANNET,10ª CRES) dos onze municípios da Região de Saúde Foram analisados o tipo, local, extensão e profundidade das lesões, a conduta de profilaxia da raiva adotada; e também o motivo de interrupção do tratamento. As agressões por cães representaram 62,7% dos acidentes, enquanto 31,2% foram por gatos. Predominou a mordedura como tipo de agressão com 86,9% das notificações, e as lesões de ferimento único com 51,8% dos casos. Dos locais atacados, mãos e pés tiveram 41,8% das agressões, seguidos por 34,2% das lesões em membros inferiores. Quanto à profundidade do ferimento, 50,6% foi lesão superficial. Um total de 4605 pessoas foram atendidas no período e o tratamento foi instituído para 83,7%. Após a conduta terapêutica, 59,5% dos pacientes concluiu o tratamento, 1% deles o interrompeu (0,4% por indicação da unidade de saúde) e 39,5% com informação ignorada. Considerando-se o local de agressão, 47,3% dos casos foram definidos como graves, realizando-se o tratamento associado de soro e vacina em 8% das pessoas. A indicação de vacina fez parte da conduta de quase 100% dos tratamentos instituídos. A conduta de observação e vacina foi aplicada em 52% das agressões. Um percentual de 78,8% foram considerados sem suspeita de raiva no momento da agressão e 11,8% clinicamente suspeitos. Nota-se que as agressões por cães lideram o número de acidentes. O tratamento profilático pósexposição instituído é na maioria de vezes baseado na utilização da vacina, e que a conduta de apenas observação, que deve ser utilizada em acidentes leves não foi relevante. Todavia, se 78,8% dos animais foi considerado clinicamente sadio no momento da agressão e 50,6% dos acidentes foram superficiais, sugere-se que grande parte desses pacientes poderia ter sido dispensada do tratamento. Ressalta-se que a conduta de observação foi aplicada em apenas 10% das notificações. Torna-se necessária a correta aplicação da normatização de profilaxia antirrábica, como também a atuação multidisciplinar. Além disso, o preenchimento adequado da ficha de notificação é importante registro dos dados e avaliação dos mesmos, oportunizando a tomada de decisões. 

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Como Citar
CHAVES, C. S.; LIMA, F. M. G.; RODRIGUES, V. C. Perfil epidemiológico do atendimento antirrábico humano em agressões por cães e gatos na 10ª Região de Saúde/Limoeiro do Norte, no período de 2007 a 2011. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 10, n. 2/3, p. 81-81, 11.
Seção
RESUMOS RITA