Nicássia de Sousa Oliveira
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
Mariana de Souza Aranha Garcia Gomes
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
Marianna Manes
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
Maria Martha Bernardi
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
Silvia Maria Gomes Massironi
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
Claudia Madalena Cabrera Mori
Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
Resumo
O camundongo de laboratório é amplamente utilizado como modelo animal na investigação de componentes genéticos e celulares que são relevantes para o entendimento de processos fisiológicos e patológicos em humanos e outras espécies animais. Inúmeras mutações em diferentes regiões do genoma do camundongo causando importantes desordens neurológicas têm sido descritas. Nas últimas décadas, esses modelos têm se constituído em importantes instrumentos para o estudo de doenças neurodegenerativas, bem como para o avanço no tratamento dessas doenças. O camundongo mutante recessivo, denominado bate-palmas (bapa) que apresenta incoordenação motora, originou-se de um projeto de mutagênese química induzida por ENU, desenvolvido no Departamento de Imunologia, ICB/USP. A técnica de sequenciamento do exoma identificou como forte candidato uma mutação no gene lysine (K)-specific methyltransferase 2D (KMTD2S, também conhecido como MLL2), no cromossomo 15, descrito como responsável pela síndrome de Kabuki em humanos. A síndrome de Kabuki é uma anomalia congênita rara, de caráter autossômico dominante, causada por uma mutação com perda de função no gene MLL2 localizado no cromossomo 12 em humanos. O presente projeto foi delineado para caracterizar o fenótipo dos camundongos mutantes bate palmas por meio da avaliação dos resultados de testes comportamentais, análises anatomopatológicas e histopatológicas e quantificação de neurotransmissores.