Delimitação de áreas de controle no estado de são paulo para a raiva dos herbívoros nas regiões da serra da mantiqueira e canastra

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M. P. Cavalcanti
V. S. Nogueira
M. N. Gomes

Resumo

A progressão dos focos de raiva em herbívoros está associada às localizações dos abrigos de Desmodus rotundus que por sua vez, estão relacionados às principais feições geográficas de uma região. Muitos estudos consideraram elevadas altitudes, rios ou determinado tipo de cobertura da terra como fator protetor ou causal para difusão de epidemias. Geotecnologias foram utilizadas por Gomes et al (2011) para gerar um modelo descritivo com três camadas sobrepostas: a enfermidade caracterizada por uma função kernel dos focos de raiva entre 1992 e 2003, os tipos de uso e cobertura da terra obtidos por classificação de imagens de satélites e a altitude oriunda do radar SRTM. Segundo os autores, a enfermidade esteve fortemente moldada pelas áreas de vegetação rasteira (pastagens). O relevo formou os mosaicos de uso e cobertura da terra, o qual determinou os locais de grassamento ou não da enfermidade. Constataram-se regiões permeáveis de menores altitudes da Serra da Mantiqueira na divisa de estado com Minas Gerais que eram carreadores de casos, assim como, áreas delimitadas pela serra da Quebra Cangalha que divide horizontalmente o Vale do Paraíba. A análise temporal demonstrou que os focos tinham sentido do estado de Minas Gerais para o de São Paulo. Frente às constatações, a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do estado de São Paulo (CDA) priorizou uma faixa na divisa estadual para realização de trabalhos de controle da enfermidade. Os locais relatados como carreadores também estão relacionados à introdução de novos casos. De certa forma, validando o primeiro modelo descritivo. Focos, agora identificados como pontos de coordenadas adquiridos por receptor de GPS entre os anos de 2008 e 2012, demonstram que o vale do rio Sapucaia e Sapucaia-Mirim proporcionam faixas de menores altitudes na Serra da Mantiqueira para introdução de raiva na Região de Bragança Paulista e São José dos Campos. A Serra da Mantiqueira, na região de Caconde e Cruzeiro, também possuem cortes de menores altitudes que possibilitam maior permeabilidade de focos. Por fim, na região da Serra da Canastra também ocorre tais formações de baixa altitude. Assim, estas análises descritivas sugerem que a CDA possa definir menores áreas de prioridade de controle da enfermidade, que delimitariam áreas específicas sentinelas e de controle de Desmodus rotndus nas faixas de menores altitudes nas serras aqui estudadas. Trabalhos conjuntos com e estado mineiro deveriam ser fomentados. Agradecimentos a Coordenadoria de Defesa Agropecuária e FAPESP projeto Nº 03- 12319-0 Gomes MN, Monteiro AMV, Escada MIS. Raiva bovina segundo os mosaicos de uso e cobertura da terra no estado de São Paulo entre 1992 e 2003.

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Como Citar
CAVALCANTI, M. P.; NOGUEIRA, V. S.; GOMES, M. N. Delimitação de áreas de controle no estado de são paulo para a raiva dos herbívoros nas regiões da serra da mantiqueira e canastra. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 10, n. 2/3, p. 59-59, 11.
Seção
RESUMOS RITA