Levantamento epidemiológico dos retestes para anemia infecciosa equina realizados na região sul do Brasil entre 2013 e 2015

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

F. M. Lima
D. V. Santos
J. M. N. Costa
M. A. C. M. Serqueira
J. A. Ravison
A. G. Neves
F. F. Sorgetz
J. C. Borba
T. F. Maia
A. E. C. Ferreira
V. G. Bandeira
R. D. Domingues
G. N. Diehl

Resumo

O LANAGRO/RS recebe amostras coletadas por veterinários oficiais da região sul do país para realizar o reteste para a Anemia Infecciosa Equina (AIE). O objetivo desse trabalho foi realizar um levantamento epidemiológico para analisar os retestes realizados pelo LANAGRO/RS, assim como a concordância dos resultados emitidos pelos laboratórios credenciados e o reteste. Foi realizado um levantamento epidemiológico de todos os resultados laboratoriais, relativos ao reteste de animais positivos para AIE, emitidos pelo LANAGRO/RS, no período de janeiro de 2013 até abril de 2015. No período analisado, foram testadas 34 amostras. Destas, 11 (32,4%) tiveram resultado negativo no laboratório oficial. Das amostras para reteste provenientes de Santa Catarina, 40% (4/10) tiveram resultado diferente (negativo) do que o resultado inicial emitido pelos laboratórios credenciados. No Paraná, o índice foi de 33,3% (7/21). Já no Rio Grande do Sul, não houve discordância de resultados. Os dados apresentados nesse estudo devem ser analisados com cautela, já que tratam de um número limitado de amostras (34) e o período de tempo de observação foi curto (30 meses). Com base nos dados analisados, uma das possíveis causas dessa divergência poderiam ser erros na execução da técnica por parte dos laboratórios ou erro na leitura e/ou contaminação com o controle positivo durante a inoculação da amostra. Outra hipótese da causa dessa divergência de resultados poderia estar ligada à recoleta do animal. Nesse ponto pode ocorrer a troca do animal devido a uma falha no reconhecimento do equino pelo veterinário oficial, já que a resenha, no momento da primeira coleta, é realizada pelo médico-veterinário particular. Não se pode descartar, ainda, a troca intencional do animal. Algumas medidas devem ser discutidas pelos gestores e implantadas para minimizar a discordância de resultados. Inicialmente, em nível laboratorial, a realização de treinamentos e ensaios interlaboratoriais por parte dos responsáveis técnicos e analistas dos laboratórios credenciados poderia melhorar a qualidade dos ensaios. Auditorias direcionadas, realizadas pelo MAPA, com base nos dados discordantes, poderiam ser realizadas nesses laboratórios da rede credenciada. A campo, faz-se necessária a implantação de mecanismos destinados a garantir que a amostra do reteste seja do mesmo animal que foi coletado para o primeiro teste. Nesse caso, poderiam ser utilizadas técnicas moleculares para a identificação do animal. Outra possibilidade é a divisão da amostra inicial em três alíquotas (teste, contra-prova e reteste), garantindo a autenticidade da amostra e minimizando o risco de troca. Apesar das limitações desse levantamento, esses dados suscitam alguns questionamentos e proposições em relação à discordância dos resultados dos testes realizados em laboratórios credenciados e os emitidos pelo LANAGRO/RS, que devem ser discutidos pelos gestores da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários e do Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos. 

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
LimaF. M.; SantosD. V.; CostaJ. M. N.; SerqueiraM. A. C. M.; RavisonJ. A.; NevesA. G.; SorgetzF. F.; BorbaJ. C.; MaiaT. F.; FerreiraA. E. C.; BandeiraV. G.; DominguesR. D.; DiehlG. N. Levantamento epidemiológico dos retestes para anemia infecciosa equina realizados na região sul do Brasil entre 2013 e 2015. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 63-63, 29 ago. 2016.
Seção
RESUMOS ENDESA