Titulação de anticorpos neutralizantes de vírus da raiva dos docentes do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG), campus Jataí
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Resumo
A profilaxia da raiva humana pode ser feita pré ou pós-exposição ao vírus. A profilaxia pré-exposição, realizada com vacinas, é indicada para as pessoas que, devido à atividade profissional, correm o risco de exposição ao vírus, como veterinários, pesquisadores, professores e alunos que trabalham com animais potencialmente infectados com o vírus da raiva. A profilaxia pós-exposição é indicada para as pessoas que acidentalmente se expuseram ao vírus; combina a limpeza da lesão e a administração da vacina, isoladamente ou em associação com o soro ou a imunoglobulina humana anti-rábica. O objetivo do trabalho foi avaliar o perfil sorológico de anticorpos neutralizantes de vírus da raiva dos docentes do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás, Campus Jataí. Foram coletados 5 mL de sangue de 17 professores e encaminhado para o Instituto Pasteur 2 mL de soro congelado de cada amostra em microtubos acondicionados em caixa de isopor com gelo reciclável mantendo uma temperatura entre 4º a 8º graus. Todas as amostras estavam devidamente identificadas e acompanhadas de ficha de requisição. O Microteste Simplificado de Inibição de Fluorescência foi utilizado pelo Instituto Pasteur para a titulação dos anticorpos. Das 17 amostras, 07 (41,2%) apresentaram titulação satisfatória (≥ 0,5 UI/mL) e 10 (58,8%) insatisfatória (˂ 0,5 UI/mL). Por meio da ficha epidemiológica foram observadas algumas características em relação à profilaxia da raiva recebida por estes professores. Dos 17 docentes, 12 (70,6%) receberam profilaxia pré-exposição durante o curso de Medicina Veterinária e 05 (29,4%) já haviam recebido profilaxia pós-exposição antes da faculdade. Dos 12 professores que receberam a profilaxia pré-exposição, 01 (8,3%) relatou realizar exames de sorológicos anualmente, 04 (33,4%) confirmaram ter recebido dose reforço sem a realização de sorologia prévia e os outros 07 (58,3%) disseram nunca ter recebido uma dose reforço e nem ter realizado sorologia. Os 05 docentes que realizaram profilaxia pós-exposição receberam soro-vacinação, sendo que, 02 (40%) também receberam o esquema de profilaxia pré-exposição no momento que entraram na faculdade, sem realização de sorologia prévia; 01 (20%) disse nunca ter realizado sorologia e nem tomado dose reforço; 01 (20%) comentou ter feito um novo tratamento pós-exposição (sorovacinação), mas nunca realizado um exame sorológico; e 01 (20%) relatou que assim que entrou no curso de Medicina Veterinária comunicou já ter realizado profilaxia pósexposição, e que faz monitoramento sorológico periodicamente, recebendo dose reforço somente quando apresenta titulação insatisfatória. Desta forma, podemos concluir que existe a necessidade de alertar e estimular a realização de sorologias periódicas e prévias à dose reforço para que estes profissionais não sejam expostos a reações adversas pelo recebimento de tratamentos desnecessários. Agradecimento ao Instituto Pasteur pela realização das titulações.
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