Monitoramento de morcegos (quiroptera) como estratégia de vigilância da circulação do vírus da raiva no Rio Grande do Sul

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A. A. Witt
M. A. W. Donini
J. Predebon
G. Diedrich
R. Prato

Resumo

Morcegos são animais comuns em áreas urbanas no Rio Grande do Sul, principalmente em grandes cidades. Atualmente, dentre os animais sinantrópicos observados nessas áreas os morcegos são, provavelmente, os que causam maior preocupação por parte das autoridades de saúde pública. Segundo o Ministério da Saúde, desde 2004, os morcegos são os principais agentes na disseminação do vírus da raiva no Brasil. Diante desse cenário, a Secretaria Estadual de Saúde através do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), instituiu o Programa de Monitoramento de Morcegos, com o objetivo de estudar a importância dos quirópteros no ciclo urbano da raiva. O monitoramento de raiva através de amostras de morcegos era realizado até o ano de 2011, de forma passiva, onde os morcegos encontrados em situações não habituais (caídos no chão, dentro de casa, etc.), eram enviados para investigação laboratorial sem terem sido identificadas e catalogadas as espécies envolvidas neste processo. Sendo assim, o CEVS passou então a identificar e catalogar os animais enviados pela população, com o objetivo de traçar estratégias para o manejo de morcegos em áreas urbanas no Estado. Além disto, foi estabelecida rotina para coleta de morcegos, para obtenção de amostras de saliva, sangue e tecido cerebral de indivíduos em colônias de diversas regiões do Estado. A maior parte dos morcegos é anilhada e solta para verificar deslocamentos entre cidades e regiões positivas para raiva. No ano de 2011 foram enviadas para análise 268 amostras de quirópteros, das quais apenas seis indivíduos de morcegos nãohematófagos resultaram positivos. A maioria das amostras de morcegos pertence à família Molossidae, onde se observam espécies bem adaptadas à vida nas cidades. Com base neste monitoramento o Rio Grande do Sul está investindo na prevenção e investigação da circulação do vírus rábico nas áreas urbanas, onde atualmente, o morcego é considerado o principal agente transmissor. 

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Como Citar
WITT, A. A.; DONINI, M. A. W.; PREDEBON, J.; DIEDRICH, G.; PRATO, R. Monitoramento de morcegos (quiroptera) como estratégia de vigilância da circulação do vírus da raiva no Rio Grande do Sul. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 10, n. 2/3, p. 68-68, 11.
Seção
RESUMOS RITA