Detecção de parapoxivírus pelo serviço veterinário oficial (svo) em bovinos com suspeita de doença vesicular (DV) Em Mirassol D’oeste-MT

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J. A. G. Silva
E. R. Mutzenberg
R. L. Negreiros
F. R. Carani
J. M. B. Néspoli
G. G. Souza
J. C. B. Campesatto
A. B. B. Castilho
A. J. D. Vieira

Resumo

A adoção de medidas gerais para proteção à saúde animal no Estado de Mato Grosso, Brasil visa, à manutenção da situação sanitária do Estado relacionada às doenças incluídas nos programas oficiais, com base na vigilância ativa efetuada nas propriedades rurais. Ações para identificar precocemente a entrada de agentes, tais como controle de trânsito associado à investigação de campo, inspeção de animais com origem em outras unidades federativas (UF), são preconizadas em lei para fins de vigilância epidemiológica. O registro de uma Guia de Trânsito Animal (GTA) originada em outra UF, com destino a São José dos Quatro Marcos-MT, resultou na visita a uma propriedade. O SVO visitou a propriedade destino e na investigação o produtor informou que os animais compreendidos na GTA em questão desembarcaram em outra propriedade no município de Mirassol d ‘Oeste, caracterizando desvio de rota. A irregularidade gerou auto de infração estabelecido pela legislação vigente. Em 28/03/2015 foram avaliados 286 bovinos com cinco a 12 meses de idade; aptidão leiteira, desmame precoce; trazidos com finalidade de cria e engorda, que eram os únicos animais da propriedade. Dos 286 bovinos examinados, 21 machos apresentavam vesículas rompidas na língua, hipertermia e secreção nasal mucopurulenta. Os animais com sinais clínicos foram isolados, identificados e foi efetuada a colheita de amostras de fragmentos de epitélio e soro que foram encaminhadas ao LANAGRO-MG, para serem submetidas a exames laboratoriais conforme protocolo padrão para o diagnóstico de doenças vesiculares (detecção direta por Isolamento Viral e PCR e indireta pelo sistema ELISA 3ABC/EITB e Neutralização Viral), descartandose a Febre Aftosa e a Estomatite Vesicular. Ao diagnóstico diferencial de lesões de epitélio por PCR em tempo real, nove bovinos apresentaram resultado positivo para o gênero Parapoxivírus. As amostras positivas foram submetidas ao sequenciamento, pelo método de Sanger, constatando-se a presença do vírus da pseudovaríola em oito amostras e da estomatite papular bovina em uma amostra. Em vista dos resultados obtidos, o caso foi confirmado como pseudovaríola. O tempo transcorrido entre a visita inicial e o recebimento do diagnóstico diferencial foi de 11 dias, fator relevante que contribuiu para as tomadas de decisões no campo, configurando-se, assim, um procedimento importante na prevenção de novos surtos. A identificação laboratorial de Parapoxivírus nesse surto concorda com o curso clínico, achados macroscópicos e epidemiológicos observados pelo SVO na propriedade envolvida. Investigar diferentes agentes etiológicos em suspeitas de doença vesicular oferece ao SVO subsídios necessários para deflagração de ações rápidas e objetivas, evita interdições desnecessárias e gera dados que podem contribuir para a implementação de programas sanitários específicos no controle e prevenção dessas doenças. A investigação epidemiológica acurada, aliada à relação de confiança entre o SVO e a classe produtora, também contribuiu para que o diagnóstico etiológico fosse rápido e correto. 

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Como Citar
SilvaJ. A. G.; MutzenbergE. R.; NegreirosR. L.; CaraniF. R.; NéspoliJ. M. B.; SouzaG. G.; CampesattoJ. C. B.; CastilhoA. B. B.; VieiraA. J. D. Detecção de parapoxivírus pelo serviço veterinário oficial (svo) em bovinos com suspeita de doença vesicular (DV) Em Mirassol D’oeste-MT. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 79-79, 29 ago. 2016.
Seção
RESUMOS ENDESA