Foco de raiva em herbívoro no município de Fortaleza-Ceará, no mês de julho de 2015

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A. M. Loureiro
A. G. M. Gonçalves
A. W. L. Silva
J. O. Moreno
J. A. Sobreira Neto

Resumo

A Raiva é uma zoonose de importância significativa para a saúde pública que acarreta prejuízos econômicos aos pecuaristas. É uma doença viral de notificação obrigatória no Brasil, com aproximadamente 100% de letalidade e que apresenta sintomatologia nervosa, com paralisia dos membros, movimentos de pedalagem, agressividade e convulsões. Os morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus são os principais responsáveis pela manutenção do vírus no ambiente rural e pela espoliação dos animais de produção. No município de Fortaleza-CE, no dia 1° de julho de 2015, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (ADAGRI) recebeu notificação de um criador informando que um bovino, ao retornar do pastejo, não se levantou mais e que sua cabeça estava fixa para o lado esquerdo. O proprietário relatou ainda que os demais animais da propriedade e os da região não apresentavam espoliação por morcego e acrescentou que nunca visualizou morcegos na propriedade, mas já havia visto animais silvestres na região. Fiscais estaduais agropecuários foram até a propriedade para investigar a notificação e, segundo anamnese e sinais clínicos verificados, observaram alteração de comportamento, paralisia flácida dos membros anteriores e posteriores, depressão, ataxia e não havia sinais de espoliação por morcegos. Adicionalmente, a propriedade faz divisa com plantações desconhecidas e não possui manejo adequado no que se refere aos aspectos higiênico, sanitário e nutricional. No dia seguinte o animal veio a óbito e o fiscal retornou à propriedade para realizar a coleta do Sistema Nervoso Central do bovino. O material foi refrigerado e foram preenchidos os Formulários Epidemiológicos padronizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Posteriormente, a amostra foi encaminhada ao Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (LACEN) para análise. As metodologias empregadas para diagnóstico de Raiva foram a Imunofluorescência Direta (IFD) e a Prova Biológica, ambas positivas para o referido material. Após resultado da técnica de IFD, o fiscal retornou à propriedade para informar o resultado positivo da amostra ao proprietário e realizar as devidas orientações sanitárias. Tendo em vista que o animal acometido e os outros demais da propriedade não apresentavam sinal de espoliação por morcegos hematófagos, é levantada a necessidade da realização de estudos epidemiológicos adicionais na região e que a vigilância seja fortalecida no Estado, para ser identificado o real transmissor do vírus da Raiva ao bovino, e desencadeadas as ações de profilaxia e controle pertinentes. 

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Como Citar
LoureiroA. M.; GonçalvesA. G. M.; SilvaA. W. L.; MorenoJ. O.; Sobreira NetoJ. A. Foco de raiva em herbívoro no município de Fortaleza-Ceará, no mês de julho de 2015. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 2, p. 86-86, 29 ago. 2016.
Seção
RESUMOS ENDESA