Ingestão calórica e alta hospitalar em cães e gatos

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Aulus Cavalieri Carciofi
Valéria Oliveira Fraga
Márcio Antônio Brunetto

Resumo

Objetivo: Investigar a correlação entre ingestão calórica e tempo de internação com a alta ou o óbito de cães e gatos. Material e Método: Animais internados no Hospital Veterinário da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (HV-FCAV/UNESP), Campus de Jaboticabal, SP, por qualquer motivo de doença no pré ou pós-cirúrgico, tiveram estimada sua necessidade energética de manutenção ( EM): 132 x (peso corporal)o.75 kcal por dia para cães; 70 x (peso corporal) kcal por dia para gatos. Receberam alimento comercial super-premium, suporte enteral e parenteral. Foram incluídos 279 animais (223 cães e 56 gatos). Resultados: Tiveram alta hospitalar 76,7% dos pacientes, cuja ingestão percentual média da NEM foi de 71,12%. Já os que vieram a óbito ingeriam apenas 33,97% da NEM (p  0,00 I). Os animais do grupo Alta permaneceram , 18 dias no hospital, enquanto os do grupo Óbito 5,45 dias (p =0,16). Dentre os animais que receberam de 0% a 33% da NEM, 38% tiveram alta e 62% vieram a óbito; dos que receberam entre 34% e 66% da NEM, 84% tiveram alta e 16% vieram a óbito; para os que receberam mais de 67% da NEM, 89% tiveram alta e 11% vieram a óbito, demonstrando menor mortalidade nas faixas de maior balanço calórico (p < 0,00 I). Nestas faixas, os animais permaneceram mais tempo hospitalizados (p < 0,002), o que também pode ser verificado pela associação positiva entre ingestão de calorias e dias de internação (R = 0,21; p < 0,05). Conclusões: Verificou-se que dentre os animais para os quais administrou-se maior quantidade de calorias o número de alta e tempo de permanência hospitalares foram maiores.

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Como Citar
CARCIOFI, A. C.; FRAGA, V. O.; BRUNETTO, M. A. Ingestão calórica e alta hospitalar em cães e gatos. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 6, n. 1/3, p. 16-27, 1 jan. 2003.
Seção
CLÍNICA VETERINÁRIA