Diagnóstico por imagem de corpo estranho gastrointestinal em cães e gatos: estudo retrospectivo de 157 casos
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Resumo
Introdução: O achado de corpo estranho (CE) em trato gastrointestinal (TGI) é relativamente comum em animais domésticos. Pode ter significado clínico ou não, e dada a sua suspeição recomenda- se a realização de exames radiográficos (RX) simples ou contrastados, complementando com a ultrassonografia (US) e outras modalidades como a tomografia computadorizada (TC), endoscopia óptica e ressonância magnética (RM). No TGI, os CE tendem a se alojar em locais de estreitamento e a resolução dos quadros pode dar-se espontânea ou cirurgicamente. O presente trabalho analisa 157 casos de CE em TGI identificados através de RX e US e ressalta a importância dos exames de imagem para sua detecção e também relata os fatores clínicos observados. Método: Foram coletados dados de cães e gatos atendidos entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013 em um hospital veterinário e diagnosticados com CE em TGI. Os dados coletados incluíram espécie, raça, sexo, idade, peso, presença de manifestações clínicas e tempo de apresentação, exame diagnóstico, caracterização do CE, tratamento e recuperação. Resultados e Discussão: Foram incluídos 153 animais - 139 cães de 32 raças diferentes e 13 gatos de duas raças diferentes; 91 animais apresentavam manifestações clínicas que levavam à suspeição de ingestão de CE. Exames de imagem incluíram RX, US, TC e endoscopia, ressaltando a importância de uma boa infraestrutura hospitalar, pois alguns CE só podem ser identificados com a complementação de exames. A maioria dos cães apresentou CE metálicos. A maioria dos felinos apresentou CE lineares. Conclusão: Cães e gatos podem ingerir CE, embora os cães o façam com muito mais frequência e os gatos, quando o fazem, mostram predileção por CE lineares. A complementação dos exames de imagem é ideal para a detecção, mesmo que ocorra de forma incidental. A resolução dos quadros pode ocorrer de forma espontânea ou por meio de intervenções cirúrgicas, sendo a gastrotomia com enterotomia e a toracotomia com esofagotomia as modalidades de escolha; há a possibilidade de a remoção ser efetuada por endoscopia, que é um procedimento pouco invasivo e de grande praticidade.
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