Características biométricas das glândulas mamárias e hiperqueratose em bovinos no sertão do estado de Alagoas, Brasil

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C. A. Araújo
F. B. Silva
J. S. Maciel
J. L. R. M. Guerra
D. O. Lima
F. G. A. Silva
A. L. S. Albuquerque
M. C. Carneiro

Resumo

Na bovinocultura de leite, os parâmetros mamários são de grande importância para a atividade e o acompanhamento do desenvolvimento da glândula mamária se torna indispensável para a obtenção de maior viabilidade e produção. No entanto, a produção e a acumulação de queratina no canal dos tetos dos bovinos é uma resposta normal do epitélio do canal dos tetos à perda de queratina causada pela ordenha e, quando essa resposta é exagerada, ocorre a hiperqueratose. O presente trabalho avaliou os parâmetros morfológicos, biométricos, dos padrões da hiperqueratose e suas correlações em vacas mestiças no alto sertão de Alagoas. Foram avaliados 54 animais, mestiços gir x holandês, com o emprego de réguas, fitas métricas, planilhas e pranchetas. Os parâmetros avaliados foram: número de crias, comprimento do teto, perímetro do teto, distância entre os tetos anteriores, distância do teto anterior para o posterior, distância do teto ao solo, profundidade do úbere, morfologia do úbere e das tetas. Com relação à classificação de formações de hiperqueratose dos tetos, foram agrupadas nas categorias: sem formação, leve formação, formação e intensa formação de hiperqueratose no teto. A profundidade do úbere foi uma variável muito expressiva com médias de 32,8cm, situando-se próximo à cavidade abdominal, fator relacionado ao desenvolvimento da glândula com o tipo de manejo e com o avançar da idade produtiva. O número de crias revelou a existência de relação quanto ao comprimento do teto. O comprimento do teto apresentou a média de 6,7cm como um canal do teto maior. O perímetro do teto apresentou a média de 8,1cm, sendo considerado bem calibroso. Já com relação a distância entre os tetos anteriores foi obtida a média de 12,6cm, o que foi considerada em uma distância aceitável. Contudo, a distância do teto anterior para o posterior apresentou o valor de 7,9cm. A distância do teto ao solo apresentou uma distância bem aceitável com 56,7cm. Quanto à morfologia do úbere, foram identificados sete úberes típicos para ordenha, dez abdominais, seis abdominocoxais, dois esféricos, cinco em escada, três triangulares e 21 úberes juvenis. Com relação aos tetos, foram observados 15 tetos cilíndricos, quatro volumosos e dilatados na extremidade distal, dois cônicos, cinco pequenos e 28 tetos volumosos escarnosos, o que pode explicar o valor expressado por seu perímetro. Com realação à formação de hiperqueratose, vinte e uma matrizes não apresentaram qualquer formação, 17 tinham leve formação, 12 com formação e quatro com intensa formação. Os úberes apresentaram uma profundidade bem expressiva com média de 33,9cm, com valores oscilando entre 16cm e 49cm, características do úbere juvenil observadas com maior frequência no presente trabalho. O tipo de teto não apresentou correlação com a expansão do epitélio e o comprimento do teto não influenciou a expansão do epitélio; quanto maior o teto, menor a distância dos tetos posteriores. 

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Como Citar
AraújoC. A.; SilvaF. B.; MacielJ. S.; GuerraJ. L. R. M.; LimaD. O.; SilvaF. G. A.; AlbuquerqueA. L. S.; CarneiroM. C. Características biométricas das glândulas mamárias e hiperqueratose em bovinos no sertão do estado de Alagoas, Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 3, p. 62-62, 21 dez. 2016.
Seção
III SIMPÓSIO DE QUALIDADE DO LEITE