Teste de ibéria como indicador de adaptabilidade climática de bovinos leiteiros da raça girolando no município de Itapecuru Mirim – estado do Maranhão, Brasil
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Resumo
O clima pode ser um fator determinante em sistemas produtores de leite nos trópicos. A avaliação da capacidade de adaptação de bovinos leiteiros pode ser realizada de forma prática com o uso do Teste de Ibéria de tolerância ao calor. O presente trabalho avaliou a adaptabilidade de dois grupos genéticos de bovinos da raça Girolando no município de Itapecuru Mirim/MA. O experimento foi realizado no mês de maio de 2015, em uma fazenda comercial, com 18 animais da raça Girolando (nove animais ⅜ Gir:Hol e nove animais ½ sangue Gir:Hol), entre a 3ª e a 4ª lactações. A temperatura retal dos animais foi obtida durante 11 dias, a cada três dias seguidos e em duas verificações diárias (10 e 15H). No teste de Ibéria, quanto maior é o coeficiente de tolerância ao calor (CTC) o animal ou grupo é considerado como mais adaptado. O tratamento estatístico foi efetuado com o emprego do teste de Tukey a 5%, com análises realizadas no Software ASSISTAT®. As análises estatísticas revelaram que, dentro do mesmo grupo genético, o grupo ½ de sangue às 10h e 15h (98,4a e 89,3b) foi significativamente (p<0,05) diferente), e também distinto do grupo genético 3/8 de sangue (100,0a e 96,6a), considerando-se que houve influência genética. Nas comparações entre os grupos ½ e ⅜, para o horário de 10h, não apresentaram diferença significativa (p>0,05) entre as médias 98,4a e 100,0a; em contrapartida, no horário de 15h foi encontrada diferença significativa (p<0,05) entre os animais dos grupos (89,3b), inferindo-se que a fonte de variação era o horário e não a genética. Constatou-se ainda que entre grupos e horários, os animais do grupo ½ sangue as 10h e ⅜ sangue as 15h não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) entre si, indicando que o grupamento genético dos animais ⅜ (96,6a) foi semelhante (98,4a) ao grupo ½ sangue nesses horários. O coeficiente de variação (CV%) obtido foi de 6,44. Ao se aplicar o teste de tolerância ao calor e comparar os animais da raça Girolando entre os grupos, a conclusão obtida foi que os animais do grupo ⅜ de sangue, estatisticamente semelhantes aos animais ½ sangue e por terem apresentado em um dos horários o maior CTC, foram considerados os mais adaptados para a região estudada.
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