Efeito do nível de alimentação e da ordem de lactação sobre a excreção de ureia no leite de vacas girolando
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Resumo
O presente trabalho avaliou os efeitos de dois níveis de alimentação (NA) sobre a excreção de ureia no leite de vacas primíparas e multíparas Girolando (¾ Holandês / ¼ Gir). Foram utilizadas 28 vacas no terço médio da lactação, com peso médio de 545 ± 45 e 502 ± 46 kg e produção média de leite igual a 23.5 ± 4.8 e 20 ± 3.7 kg/dia (multíparas e primíparas respectivamente). Os NA utilizados foram consumo ad libitum vs. consumo restrito a 80 e 85% da exigência energética segundo o NRC 2001, para multíparas e primíparas, respectivamente. A quantidade da dieta ofertada aos animais sem restrição foi ajustada diariamente, para manter as sobras em no máximo 10%. Os animais foram alimentados com silagem de milho, feno de Tifton e concentrado, com relação volumoso:concentrado igual a 52:48 (base na MS). Amostragens individuais de leite foram efetuadas por três dias, semanalmente (manhã e tarde). Foram utilizados frascos (50mL) contendo conservante Bronopol® (concentração de 0,05g por 100mL de leite), para coleta das amostras, determinando-se posteriormente os teores de ureia por espectrometria de absorção no infravermelho em equipamento Bentley 2300. As análises estatísticas foram efetuadas com o programa SAS (2009). O consumo de MS foi influenciado pela ordem de lactação (OL) (p<.0001), e pelo nível de alimentação (p=0.0435), sendo 9.29% superior para multíparas que para primíparas e 56.02% superior para consumo ad libitum comparado ao restrito. Não houve efeito da OL no NA e da interação NA x OL sobre o teor de ureia do leite (p>0.05). Os valores de ureia obtidos foram equivalentes a 22.50 e 20.90mg/dL para multíparas sob consumo ad libitum, 21.66 e 18.87mg/dL para multíparas em restrição, 22.36 e 18.39mg/dL para primíparas com consumo ad libitum, 21.27 e 19.60mg/dL para primíparas em restrição, nos períodos da manhã e tarde respectivamente. Embora o consumo de energia influencie o ciclo da ureia, uma restrição de 80 a 85% de energia não foi capaz de promover mudanças significativas no teor de ureia do leite, não sendo também verificado efeito da ordem de lactação sobre ele.
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