Correlação entre as condições sanitárias e integridade dos tetos com a mastite bovina
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Resumo
O presente trabalho analisou a relação entre as condições sanitárias e a integridade dos tetos com a incidência de mastite em vacas leiteiras. Foram utilizadas 26 vacas leiteiras, da raça Holandês, em diferentes estágios de lactação. O acompanhamento foi realizado quinzenalmente no período de agosto, setembro e outubro de 2014. As avaliações realizadas foram: teste da caneca telada, escore de sujidade e da integridade dos tetos, e o Califórnia Mastite Teste (CMT), totalizando seis coletas. O escore de sujidade e a integridade dos tetos foram avaliados de acordo com parâmetros padronizados quanto ao grau de lesões e sanidade deles. A incidência de mastite clínica foi significativa (p<0,05) na coleta três em relação às demais, na qual foi observado que 13,46% (n=13/104) dos animais apresentaram resultados positivos no teste de caneca telada. A ocorrência de mastite subclínica foi significativa (p<0,05) na sexta coleta com frequência de 41,34% (n=43/100). A oscilação nos índices de mastite clínica e subclínica no rebanho pode estar associada a alguns fatores inerentes ao manejo, aos animais ou aos equipamentos de ordenha. O escore de sujidade não foi significativo (p>0,05) e a integridade dos tetos foi mantida durante todo o período experimental. Na análise da correlação de Pearson (r) dos parâmetros envolvidos neste estudo, foi constatada a existência de correlação positiva e significativa (p<0,0001, r= 0,1436) entre a integridade do teto e a mastite subclínica quando relacionado ao teste de caneca telada e o mesmo aconteceu com o teste de CMT (p<0,0001, r= 0,1624). Os resultados obtidos demonstraram que os casos de mastite bovina clínica e subclínica em vacas leiteiras estão relacionados diretamente às condições de integridade dos tetos. Quanto à análise da questão da sujidade não foi verificada a existência de correlação com os índices de mastite bovina, ou seja, as condições sanitárias do ambiente em que os animais se encontravam estavam em condições favoráveis e essa situação foi mantida durante todo o experimento, assim como o preparo dos tetos antes e após ordenha. Também vale ressaltar que, após a ordenha, os animais recebiam a alimentação para evitar que eles deitassem, promovendo, assim, a redução da contaminação dos tetos e das glândulas, devido ao fechamento do esfíncter mamário. De fato, os esfíncteres e a pele dos tetos são importantes barreiras primárias contra a proliferação de patógenos no úbere.
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