Etiologia da mastite bovina e suscetibilidade dos agentes isolados no Distrito Federal (DF) e entorno, Brasil
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Resumo
A mastite bovina, uma enfermidade que impacta toda cadeia produtora e processadora do leite, é responsável por grandes perdas econômicas e apresenta um potencial risco para saúde pública. O tratamento ideal para esse processo inflamatório é aquele em que o agente etiológico é identificado e em que é determinada sua susceptibilidade aos antimicrobianos. Contudo, a grande maioria dos produtores e médicos-veterinários não adota esses procedimentos e emprega indiscriminadamente fármacos antimicrobianos, o que resulta na seleção de estirpes de microrganismos resistentes a tais produtos. O presente trabalho foi delineado para investigar os microrganismos rotineiramente isolados em casos de mastite bovina em rebanhos localizados no Distrito Federal e entorno, Brasil, e identificar os fármacos antimicrobianos com ação satisfatória “in vitro” contra eles. Amostras de leite, oriundas de vacas com mastite do DF e entorno, foram cultivadas e as bactérias isoladas foram testadas pelo método Kirby Bauer modificado (antibiograma). Bactérias Gram-positivas foram prevalentes (88,9%), com maior isolamento dos gêneros Staphylococcus spp. (79,5%) e Corynebacterium spp. (9,7%). Não foi observada diferença estatística (p>0,05) entre os dois grupos bacterianos (Gram-positivas e Gram-negativas) para as frequências dos tipos de suscetibilidade aos fármacos cefadroxil, cloranfenicol, enrofloxacina, estreptomicina, gentamicina e norfloxacina. O levantamento efetuado identificou a existência de um maior percentual de sensibilidade, dos dois grupos de microrganismos isolados, para enrofloxacina, gentamicina e norfloxacina. As bactérias Gram-positivas apresentaram maior frequência (p<0,05) de sensibilidade à canamicina (98%), cefalexina (94%), cloranfenicol (91%) e enrofloxacina (90%). Gentamicina, rotineiramente utilizada, apresentou percentual biologicamente inferior aos fármacos anteriormente citados (85%). Para o gênero Staphylococcus spp. foi detectada maior sensibilidade à gentamicina (94%), e quando se considerou a espécie aureus, a mais patogênica dentre os Staphylococcus coagulase positivos, à cefalexina (98%). Staphylococcus classificados como coagulase negativos também apresentaram maior sensibilidade a esse fármaco (97%). As bactérias Gramnegativas, representadas principalmente por enterobactérias, apresentaram maior frequência de sensibilidade para enrofloxacina (82%). Relatos como este direcionam a escolha para um tratamento eficaz e minimizam o agravamento da resistência aos antimicrobianos pela dificuldade na realização sistemática dos procedimentos de cultura e antibiograma.
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