Características da mastite em um rebanho leiteiro de alta produtividade em cravinhos, estado de São Paulo, Brasil
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Resumo
A mastite bovina é uma afecção que acarreta muitos prejuízos econômicos na cadeia de produção leiteira. O presente trabalho, realizado com vacas holandesas de alta produtividade, confinadas em uma fazenda de Cravinhos/ SP, foi delineado para verificar a prevalência de mastite clínica e relacionar a ocorrência da doença com as variáveis: número de lactações, período do ano e quarto mamário atingido; comparar a positividade do CMT com CCS; verificar o número de dias em lactação com CCS e mastite clínica e verificar o número de vacas com mastite clínica tratadas e não curadas. Os resultados obtidos revelaram que a prevalência de mastite clínica variou de 3,7% a 15,5% (janeiro a setembro de 2015), sendo maior no período de março a julho (11,2 a 15,5%). Nos outros meses, a prevalência máxima foi de 6,5% (fevereiro). Do total de vacas com mastite clínica, 40% tinham tido três ou mais lactações e os quartos mamários anteriores apresentaram maior frequência de ocorrência (57%) em relação aos posteriores (43%). Para o CMT, foram selecionadas 82 vacas do rebanho (328 quartos mamários testados), agrupadas em relação à contagem de CCS que apresentavam. Destas, 56 vacas (68%) apresentaram pelo menos um dos quartos mamários positivos ao CMT e CCS superior a 5,0x105/mL, enquanto as negativas ao CMT apresentaram menores contagens de CCS. O total de quartos reagentes ao CMT foi 72 (22%) e, destes, 51% eram posteriores. Verificou-se, ainda, que as vacas que estavam entre 100 e 199 dias de lactação apresentaram menores CCS e prevalência de mastite clínica. Por fim, das 101 vacas com mastite clínica tratadas no período, 38 (38%) não foram curadas. Concluiu-se que a mastite clínica apresentou prevalência preocupante no rebanho em questão, que houve maior chance de ocorrência à medida que os animais aumentaram o número de lactações, que foi mais frequente nos quartos anteriores; que a CCS está diretamente relacionada à positividade ao CMT; que o período compreendido entre o terceiro e o sexto mês de lactação foi o que apresentou menor prevalência de mastite; que será necessária a revisão do protocolo de profilaxia da mastite no rebanho e de serem estabelecidas medidas que minimizem sua ocorrência.
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