Proteinograma do leite de búfalas sadias ou com mastite subclínica em uma propriedade do estado de São Paulo, Brasil

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D. G. Silva
A. M. Santana
J. J. Fagliari

Resumo

O presente trabalho avaliou o proteinograma de 517 amostras de leite de fêmeas bubalinas da raça Jafarabadi pertencentes a uma propriedade rural produtora de leite localizada na região nordeste do Estado de São Paulo, Brasil. Antes da colheita das amostras de leite, foi realizado o exame físico da glândula mamária, teste da caneca de fundo escuro e California Mastitis Test (CMT). Os animais foram distribuídos em dois grupos: búfalas sadias (sem alterações macroscópicas no teste da caneca de fundo escuro e reação negativa ao CMT – grupo 1) e búfalas com mastite subclínica (sem alterações macroscópicas no teste da caneca de fundo escuro e reação ao CMT – grupo 2). Após a antissepsia dos tetos com álcool 70%, foram colhidas amostras de 20mL de leite de cada quarto mamário em frascos plásticos esterilizados e sem conservante, para o fracionamento proteico por meio da técnica de eletroforese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE). O soro lácteo foi obtido coagulando-se as amostras de leite pela adição de 5% de solução de renina. No proteinograma do soro lácteo foram detectadas até 30 proteínas, cujos pesos moleculares variaram de 9.000 a 292.000 Da. Destas, imunoglobulina A - IgA (171.000 Da), ceruloplasmina (106.000 Da), imunoglobulina G - IgG (84.000 Da), lactoferrina (79.000 Da), albumina sérica (64.000 Da), haptoglobina (47.000 Da), α1- glicoproteína ácida (42.000 Da), β-lactoglobulina (17.000 Da) e α-lactoalbumina (14.000 Da) foram analisadas em razão da sua importância para avaliação do estado de saúde da glândula mamária. As amostras de soro lácteo das fêmeas bubalinas com mastite subclínica (grupo 2) apresentaram maiores concentrações IgA, IgG, ceruloplasmina, lactoferrina, albumina sérica e α1-glicoproteína ácida e menor concentração de α-lactoalbumina. O conhecimento das concentrações das proteínas de fase aguda de processos infecciosos e de imunoglobulinas no soro lácteo de fêmeas bubalinas sadias ou com mastite subclínica permitirá o melhor entendimento da fisiopatologia das enfermidades inflamatórias do úbere e dos mecanismos de transferência de imunidade passiva aos bezerros bubalinos.

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Como Citar
SilvaD. G.; SantanaA. M.; FagliariJ. J. Proteinograma do leite de búfalas sadias ou com mastite subclínica em uma propriedade do estado de São Paulo, Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 3, p. 78-78, 21 dez. 2016.
Seção
III SIMPÓSIO DE QUALIDADE DO LEITE