Perfil de suscetibilidade antimicrobiana de Staphylococcus spp. Isolados de mastite bovina na região sul-Fluminense, estado do Rio de Janeiro, Brasil
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Resumo
Apesar das inúmeras pesquisas voltadas para seu controle, a mastite bovina ainda é um grande problema para a indústria leiteira. A elevada ocorrência e as perdas econômicas decorrentes principalmente da diminuição da produção láctea fazem com que essa enfermidade seja considerada a mais dispendiosa entre as que ocorrem nas propriedades leiteiras. O Staphylococcus aureus é um dos patógenos de maior importância na etiologia dessa patologia. Os principais reservatórios dessa bactéria são os quartos mamários infectados, a pele do úbere e tetos. A terapia antimicrobiana é um dos principais recursos utilizados para o controle da mastite provocada por Staphylococcus aureus, e a aplicação de testes de suscetibilidade podem direcionar para a escolha do melhor tratamento. O presente trabalho investigou os principais microrganismos implicados na mastite bovina e seu perfil de resistência antimicrobiana em rebanhos de bovinos localizados na região sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Durante o ano de 2015 até abril de 2016 foram colhidas 65 amostras de leite de vacas com mastite. A identificação microbiana e os testes de suscetibilidade foram realizados de acordo com a literatura atual. Foram isoladas 59 estirpes de Staphylococcus, das quais 32 Staphylococcus coagulase negativos (ECN) e 12 Staphylococcus coagulase positivos (ECP), oito Staphylococcus intermedius e sete Staphylococcus aureus. Até o presente momento, nas 50 amostras analisadas foi constatado 100% de resistência à penicilina, 67,3% à tetraciclina, 44,2% à enrofloxacina, 40,3% à cefoxitina, 38,4% à ciprofloxacina, 23,1% à eritromicina, oxacilina e cefalotina, 19,2% à azitromicina, 17,3% à gentamicina e 15,3% à ceftriaxona. Não foi observada resistência à ampicilina + sulbactam. Diversos estudos sobre a sensibilidade antimicrobiana realizados no Brasil com patógenos envolvidos na mastite bovina têm revelado um aumento crescente no padrão de resistência, principalmente para S. aureus. A detecção da resistência em isolados de Staphylococcus limita a escolha do antibiótico a ser empregado para o tratamento dos animais com mastite e aumenta os custos e o tempo com o tratamento. Desta forma, ressalta-se a necessidade da realização periódica de testes de sensibilidade in vitro, pois existem variações no perfil de sensibilidade e resistência que podem comprometer o tratamento dos animais.
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