Perfil de suscetibilidade antimicrobiana de Staphylococcus spp. Isolados de mastite bovina na região sul-Fluminense, estado do Rio de Janeiro, Brasil

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Mayara Ornelas Pereira
Felipe Monteiro Furtado Azevedo
Viviane Luzia da Silva Feuchard
Lidiane de Castro Soares
Nadia Rossi de Almeida
Neila Lilyane da Silva Gomes Francisco

Resumo

Apesar das inúmeras pesquisas voltadas para seu controle, a mastite bovina ainda é um grande problema para a indústria leiteira. A elevada ocorrência e as perdas econômicas decorrentes principalmente da diminuição da produção láctea fazem com que essa enfermidade seja considerada a mais dispendiosa entre as que ocorrem nas propriedades leiteiras. O Staphylococcus aureus é um dos patógenos de maior importância na etiologia dessa patologia. Os principais reservatórios dessa bactéria são os quartos mamários infectados, a pele do úbere e tetos. A terapia antimicrobiana é um dos principais recursos utilizados para o controle da mastite provocada por Staphylococcus aureus, e a aplicação de testes de suscetibilidade podem direcionar para a escolha do melhor tratamento. O presente trabalho investigou os principais microrganismos implicados na mastite bovina e seu perfil de resistência antimicrobiana em rebanhos de bovinos localizados na região sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Durante o ano de 2015 até abril de 2016 foram colhidas 65 amostras de leite de vacas com mastite. A identificação microbiana e os testes de suscetibilidade foram realizados de acordo com a literatura atual. Foram isoladas 59 estirpes de Staphylococcus, das quais 32 Staphylococcus coagulase negativos (ECN) e 12 Staphylococcus coagulase positivos (ECP), oito Staphylococcus intermedius e sete Staphylococcus aureus. Até o presente momento, nas 50 amostras analisadas foi constatado 100% de resistência à penicilina, 67,3% à tetraciclina, 44,2% à enrofloxacina, 40,3% à cefoxitina, 38,4% à ciprofloxacina, 23,1% à eritromicina, oxacilina e cefalotina, 19,2% à azitromicina, 17,3% à gentamicina e 15,3% à ceftriaxona. Não foi observada resistência à ampicilina + sulbactam. Diversos estudos sobre a sensibilidade antimicrobiana realizados no Brasil com patógenos envolvidos na mastite bovina têm revelado um aumento crescente no padrão de resistência, principalmente para S. aureus. A detecção da resistência em isolados de Staphylococcus limita a escolha do antibiótico a ser empregado para o tratamento dos animais com mastite e aumenta os custos e o tempo com o tratamento. Desta forma, ressalta-se a necessidade da realização periódica de testes de sensibilidade in vitro, pois existem variações no perfil de sensibilidade e resistência que podem comprometer o tratamento dos animais. 

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
PEREIRA, M. O.; AZEVEDO, F. M. F.; FEUCHARD, V. L. DA S.; SOARES, L. DE C.; ALMEIDA, N. R. DE; FRANCISCO, N. L. DA S. G. Perfil de suscetibilidade antimicrobiana de Staphylococcus spp. Isolados de mastite bovina na região sul-Fluminense, estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 3, p. 80-80, 21 dez. 2016.
Seção
III SIMPÓSIO DE QUALIDADE DO LEITE