Levantamento microbiológico de amostras de leite provenientes de fazendas do sul sudoeste do estado de Minas Gerais, Brasil
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Resumo
Os severos prejuízos econômicos que acarretam para a bovinocultura leiteira fazem com que as mastites sejam um dos principais desafios para a lucratividade dessa atividade pecuária. O conhecimento dos principais agentes envolvidos no processo é de fundamental importância para o estabelecimento de procedimentos adequados para controle da infecção. O presente trabalho apresenta a frequência de agentes isolados em amostras de leite colhidas de vacas sadias ou com mastite subclínica em dez fazendas localizadas na mesorregião sul-sudoeste do Estado de Minas Gerais, Brasil. As colheitas de materiais foram efetuadas no período compreendido entre fevereiro de 2015 a maio de 2016. As amostras foram enviadas congeladas, respeitando os procedimentos de colheita asséptica para dois laboratórios de referência para cultivo microbiológico do leite em São Paulo ou em Minas Gerais. As informações foram obtidas pela compilação e análise de dados efetuadas com o Programa Maxi Leite®. Foram analisadas 2.087 amostras de um total de 2.069 colhidas, pois 18 foram excluídas em virtude da contaminação. Considerado o universo de cultivos efetuados: 641 (30,98%) foram negativos, em 1.126 (54,42%) houve o isolamento de agentes classificados como ambientais e em 302 (14,60%) de agentes contagiosos. No grupo de agentes ambientais, os microrganismos isolados e suas respectivas frequências foram: Streptococcus dysgalactiae (4,74%), coliformes (7,59%) (Klebsiella spp., Escherichia coli, Enterobacter spp.), Staphylococcus coagulase negativo (27,45%), Streptococcus uberis (3,09%), Streptococcus bovis (0,24%), Enterococcus spp. (3,33%), Pseudomonas spp. (3,00%), Micrococcus spp. (1,79%), Bacillus spp. (1,55%), Proteus spp. (0,53%), Levedura (0,48%), Fungos (0,29%), Prototheca spp. (0,29%), Lactococcus spp. (0,05%). No grupo de agentes contagiosos, os microrganismos identificados foram: Corynebacterium spp. (8,41%), Staphylococcus aureus (3,91%) e Streptococcus agalactiae (2,27%). Os resultados obtidos demonstraram que a maior frequência de isolamentos foi obtida no grupo das bactérias ambientais, o que justifica a intensificação de procedimentos destinados à melhoria das condições higiênicas do ambiente ocupado pelos animais, bem como de medidas de manejo como prédipping eficiente e de boas práticas no momento da ordenha.
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