Efeito algicida “in vitro” do ozônio, trisedta, dimetilsulfóxido (DMSO), benzoato de sódio e composto poliquaternário de amônia com sulfato de cobre em linhagens de Prototheca zopfii isoladas de vacas com mastite

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A. C. Alves
C. A. D. Bolaños
A. B. C. Morais
C. L. de Paula
S. T. Guerra
F. J. P. Listoni
M. G. Ribeiro

Resumo

A prototecose é uma doença infectocontagiosa de clínica variada em animais e humanos. Em animais, a apresentação clínica mais comum da prototecose é a mastite bovina. Na infecção mamária bovina por Prototheca zopfii (P. zopfii) predomina a mastite clínica, com processos piogranulomatosos, de difícil resolução tecidual. Essas algas são refratárias à terapia convencional e, devido à alta transmissibilidade, tanto no ambiente da ordenha como no período entre ordenhas, o controle da doença tem sido apoiado na segregação dos animais acometidos, na ablação (secagem) química dos tetos, ou mesmo no descarte dos animais, gerando grandes prejuízos aos produtores de leite. Até o momento, não existe nenhum protocolo efetivo de tratamento da mastite bovina causada por esse agente. O presente estudo investigou a sensibilidade in vitro (“concentração algicida mínima” - CAM) de cinco compostos microbicidas [ozônio 90μg/mL, Tris-EDTA com 54mM de Tris e 3mM de EDTA, benzoato de sódio 50%, DMSO 99,9% e composto poliquaternário de amônia (2,5%) com sulfato de cobre (17%)] em 20 isolados de P. zopfii obtidos de vacas com mastite identificadas pelas características morfotintoriais, bioquímicas e de cultivo. A CAM foi realizada com base na técnica de concentração bactericida mínima, realizada em tubos (SALERNO et al., 2010). A CAM foi considerada a menor diluição (concentração) do produto capaz de impedir a multiplicação da alga, após o cultivo microbiológico em meio de ágar sangue. A água ozonizada e Tris-EDTA revelaram que as 20 linhagens de prototecas foram resistentes na primeira diluição (Tubo 1), nas concentrações de 45μg/mL de ozônio e de 22,5mM de Tris e 1,5mM de EDTA. O DMSO e o benzoato de sódio inibiram a multiplicação da P. zopfii na primeira diluição (Tubo 1) com CAM de 49,9% e 25%, respectivamente. O composto de poliquaternário de amônia com sulfato de cobre apresentou CAM variando entre 0,019% e 0,156% para poliquaternário de amônia e de 0,156% e 1,062% para as concentrações de sulfato de cobre. Infere-se que dos cinco produtos testados “in vitro” apenas o composto poliquaternário de amônia com sulfato de cobre apresentou efeito algicida em P. zopfii em baixas concentrações.

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Como Citar
ALVES, A. C.; BOLAÑOS, C. A. D.; MORAIS, A. B. C.; PAULA, C. L. DE; GUERRA, S. T.; LISTONI, F. J. P.; RIBEIRO, M. G. Efeito algicida “in vitro” do ozônio, trisedta, dimetilsulfóxido (DMSO), benzoato de sódio e composto poliquaternário de amônia com sulfato de cobre em linhagens de Prototheca zopfii isoladas de vacas com mastite. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP, v. 14, n. 3, p. 87-87, 21 dez. 2016.
Seção
III SIMPÓSIO DE QUALIDADE DO LEITE